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Decanter Sofitel |
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 Separados na maternidade O Decanter Wine Show 2010 foi uma festa magna. Eram 73 expositores de 13 países, oferecendo mais de 450 rótulos. O paraíso para qualquer enófilo! Apesar dos respeitáveis números e de eu ter ficado no evento por 5 horas e meia, eu consegui visitar apenas 12 expositores e provar não mais do que 22 vinhos! Duvido que qualquer dos participantes tenha números tão minguados para apresentar. O que aconteceu então? Era tanta gente para encontrar, conversar, fotografar, que eu me distraía daquilo que era o verdadeiro objetivo da visita: os vinhos. Os papos, pelo menos nas rodas em que eu estava, eram frequentemente os mesmos: o escândalo do Zona Sul e o sucesso do Desafio Hannover Vinhos. E eu me perdia nessas conversas e deixava de visitar estandes imperdíveis. Há algo de errado no reino da Dinamarca e daqui prá frente tudo vai ser diferente... Aliás, desta vez eu fui um pouco desorganizado para o evento. Eu tinha 3 listas de vinhos para escolher: a do Alexandre Lalas (publicada aqui no EnoEventos), a do Bruno Agostini (publicada no blog Enoteca) e a do Eugênio de Oliveira, do blog Decantando a Vida, que fez a mais completa de todas: somou os vinhos do Lalas, os do Bruno e acrescentou muitos outros, terminando com uma lista que devia ter quase todos os 450 rótulos do evento. Porém, na hora de escolher minha lista e imprimir, a impressora ficou sem tinta e eu fui para o evento às cegas. Muita gente pode se surpreender com o fato de que uma das maiores e mais importantes importadoras de vinhos do Brasil não esteja no eixo Rio-São Paulo, nem ao menos em Belo Horizonte, mas sim na pequena e germânica Blumenau, em Santa Catarina, afamada Brasil afora pela bombástica Oktoberfest, a celebração do chopp e da cerveja. Mas conhecendo a tenacidade teutônica e a seriedade de Adolar Hermann (foto à esquerda) e de seu filho Edson Hermann dá para entender como eles se tornaram esse gigante do vinho com um catálogo diversificado e exclusivo, cheio de tesouros para os enófilos. Aliás, tive o prazer de conhecer, nesta edição, os vinhos da Quinta da Neve, de São Joaquim, mais um empreendimento de Adolar em sociedade com Acari Amorim. Como curiosidade - e o Adolar que não se ofenda - várias pessoas vieram me dizer que ele e eu provavelmente havíamos sido separados na maternidade, verdadeiros sósias... Embora minha amostra degustada tenha sido pequena, tive momentos magníficos. Um deles foi no estande da Jean-Luc Colombo, onde consegui beber um magnífico Cornas, um Hermitage e um Côte Rotie que sozinhos já valeram a ida ao evento. Também inesquecível foi a visita ao Pio Cesare, onde degustei um floralíssimo Barbaresco, o Barolo 2005 e o imperdível Barolo Ornato. Para experimentar os vinhos do Tommaso Bussola tive de tentar 3 vezes, já que a multidão que cercava o estande era intransponível e só quase ao final do evento consegui uma brecha. Valeu a espera, o Amarone della Valpolicella Vigneto Alto 2004 era um monumento e seus assustadores 17% de álcool passavam desapercebidos diante da estrutura do vinho. Continuando na Itália, conversei bastante com o produtor Nicolò De Ferrari, do Poderi Boscarelli, enquanto degustava sua impressionante linha de Vino Nobile di Montepulciano. Para quem ainda vai ao evento, é uma dica e tanto. Saltando para a Espanha, outro estande em que aluguei espaço por um bom tempo, foi o das Bodegas Peique, do Bierzo, onde seus vinhos elaborados exclusivamente com a casta Mencía eram embalados em 4 versões, diferenciadas pela idade das vinhas e o tempo em madeira. Mas mesmo o exemplar mais básico era porretíssimo e é outra dica. Ô uva boa essa Mencía! Atravessando a fronteira, cheguei a Portugal, no estande da alentejana Dona Maria. Lá, o destaque era o caríssimo Júlio B. Bastos, 100% Alicante Bouschet. O preço de 560 reais e franciscana simplicidade do rótulo (veja abaixo) levaram-me a pagar um grande mico: perguntei ao produtor se o rótulo era provisório! Não era... Antes de partir para os tintos, dei uma volta no salão degustando alguns brancos, com boas surpresas. No entanto, o melhor deles, um Riesling alemão da Franz Künstler eu não consegui nem ao menos saber qual era, tamanha era a afluência ao estande. Mais um motivo para ir ao DWS 2011. Oscar Daudt |
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Tatiana Machado Corrêa
Eduardo M Araujo
Cesar Galvão
Eugênio Oliveira
Roberto Cheferrino
Valéria Patrocínio
Gilmar Pirozzi
Bruna Hodara