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Comentários |
Paulo Szarvas Rio de Janeiro RJ |
27/05/2013 |
Acho que os restaurantes cariocas deveriam cumprir a Lei nº 2.441/96, baixada pelo Município, que cuida exatamente desse tema. Se houvesse o cumprimento à referida lei, pelo menos todos saberiam o critério do valor cobrado.
É como penso, mas como lei no Brasil tem que "pegar", ao que parece essa não "pegou". |
Didu Russo Colunista de vinhos São Paulo SP |
27/05/2013 |
Caro Amigos Oscar, saúde.
Gostaria de expressar minha opinião a respeito de "rolha". Em primeiro lugar
penso que só há duas hipóteses elegantes que justifiquem alguém levar vinho
em restaurante. Ou se trata de um vinho especial de adega, para um
momento especial, ou se trata de algo que não há no país, uma curiosidade.
Nestes dois casos considero absolutamente deselegante o restaurante cobrar
qualquer valor do cliente que escolheu aquele endereço para desfrutar de um
raro prazer. Penso também que o cliente deva oferecer sempre uma prova ao
Sommelier para que conheça o vinho.
Por outro lado, os inacreditáveis preços que os restaurantes cobram por uma
garrafa de vinho só faz aumentar esse comportamento de levar vinho em
restaurante. Não se pode ganhar num vinho o que se ganha numa garrafa de
cachaça ao fazer uma caipirinha, onde uma apenas paga a garrafa inteira...
Nos restaurantes de São Paulo, entre os vinhos de faixa mais baixo de preço,
aqueles por volta dos R$ 60,00 (e olhe que para achar algo nessa faixa não é
fácil...) a diferença entre o preço ex-cellar e a mesa do restaurante é de 1
para 16 !!!!!
Ou seja não há inteligência alguma neste país imaturo de comerciantes
imediatistas e clientes snobs que adoram pagar caro...
Considero lamentável que estejamos perdendo a oportunidade de o brasileiro
incorporar a cultura do vinho por questões de ganância de todo lado,
governo, importadores, distribuidores e restaurateurs, estes últimos
certamente os mais gulosos nessa cadeia.
O Brasil poderia consumir dez vezes o que consome de vinho fino hoje se o
governo e o mercado fossem mais sensatos. Mas é cada um por si lamentavelmente.
Bacio e parabéns pela iniciativa.
Didú
Sábias palavras... Abraços, Oscar |
Wesley Souza Enófilo Rio de Janeiro RJ |
27/05/2013 |
Se pelo menos diminuissem os impostos do nacional. Ainda assim é um retrocesso para o desenvolvimento da cultura do consumo de vinho no Brasil. |
Marcus Ernani Leitor Rio de Janeiro RJ |
27/05/2013 |
Oscar,
Vale lembrar que muitos, não muito raro, ainda cobram os 10% (taxa de serviço) sobre este valor!
Abraços |
Marcello Galvão Enófilo |
27/05/2013 |
Parabéns pela matéria, Oscar!
O Didu Russo acima matou a pau no comentário. A ganância que alguns restaurantes trabalham com suas cartas de vinhos é inaceitável.
Abraço!
Marcello Galvão
www.agendadevinhos.com |
Eugenio Oliveira Enófilo Brasília DF |
27/05/2013 |
O Didú matou a pau!!! Fecho com ele!!!
A melhor taxa de rolha do Rio é a da Casa do Sardo!!! (Não cobra rolha e oferece gastronomia de primeira).
O leitor Marcus Ernani lembra que "não muito raro" cobram 10% em cima da taxa de rolha, o que é ilegal (taxa sobre taxa). Eu diria que isso SEMPRE ocorre nas casas que cobram rolha.
Oscar, parabéns por essa excelente matéria!
Concordo com você: não é a toa que eu vou sempre à Casa do Sardo e não canso de fazer propaganda deles. Abraços, Oscar |
Rafael Mauaccad Enófilo São Paulo SP |
27/05/2013 |
Oscar,
Sua observação, ao final da matéria, de contatar o restaurante previamente, julgo de fundamental importância para evitar qualquer constrangimento no local, pois além da confirmação do valor da rolha, sabe-se das restrições. Neste contato deve-se informar o(s) vinho(s) que estará(ão) sendo levado(s), restringindo a rótulos ali não disponíveis, notando se não é (são) de preço(s) inferior(es) aos ofertados na carta.
Observo que são de bom grado certas compensações oferecidas ao restaurante e à brigada, como o pedido de aperitivo e de vinho de sobremesa, a solicitação de refeição completa com entrada, prato(s) principal(is) e sobremesa, e a gratificação extra à brigada, ao maître e ao sommelier.
Finalmente nunca deve-se perder em mente que portar seu próprio vinho gera desequilíbrio nas contas do restaurante, portanto negociar sempre é preciso.
Abraços. |
Altanir Jaime Gava Engenheiro Agrônomo e Enófilo Niterói RJ |
27/05/2013 |
Oscar, ótimo trabalho mostrando a realidade dos fatos, onde aparecem muitos com preços extorsivos e outros que convidam os comensais para irem na sua casa.
O Didu Russo já deu sua bela mensagem. Os restaurantes reclamam do pouco consumo de vinho no país e, no entanto, ajudam a atar o nó da desagrável situação brasileira de vinhos.
Se possível, inclua Niterói na próxima pesquisa.
Saudações enofílicas Altanir |
João Oliveira Lojista Rio de Janeiro RJ |
27/05/2013 |
Oscar, muito bom ler as opiniões postadas por todos, estou sempre aprendendo.
Recentemente tive duas experiências distintas. Ambas em Campo Grande, aqui no Rio:
A primeira em um restaurante japonês, onde me cobraram uma taxa de R$ 30,00 sem me mostrarem ter uma carta de vinhos.
A segunda na Permê, onde o maitre disse que como era a primeira vez que alguém fazia tal pergunta, não teria um histórico, e nada me cobraria.
Detalhe: estávamos em dois casais, e somente eu e a esposa do meu amigo iríamos beber; minha namorada e o meu amigo ficaram no suco.
Estranho é ver que as cobranças são pela região, Zona sul na maioria das vezes mais extorsiva, e critérios que não se conseguem explicar.
Saudações a todos, e obrigado pela colaboração que estão dando pelo amor ao vinho. |
Rogerio Serra Contador/Auditor - Enófilo Rio de Janeiro RJ |
28/05/2013 |
Prezado Oscar,
Esse assunto diz respeito às rolhas cobradas nos restaurantes. Realmente é um absurdo como tem alguns restaurantes que vão muito além do aceitável. Cobrar 120,00 reais por uma rolha! Tá de brincadeira.
Semana passada fui até a ECCELLENZA de Ipanema, que diga-se de passagem, é excelente, com as entradinhas de carpaccio de salmão e a cestinha de camarões e cogumelos acompanhada de uma salada espetacular, é de dar água na boca, sem falar nas pizzas, que é o forte!
Como era meu aniversário, levei meu vinho e o vinho que levei não constava na carta de vinhos do restaurante, me cobraram 50,00 reais pela rolha, devido ao preço do vinho. Achei razoável, mas mesmo assim ainda tá meio salgado. Na minha opinião, o preço justo seria entre 20,00 e 30,00 reais.
Abraços, Rogério Serra |
Pedro Dias Sommelier Rio de Janeiro RJ |
28/05/2013 |
Caro Oscar!
Como profissional do vinho atuante em restaurante, fico muito feliz quando um cliente traz um grande vinho de uma grande safra para tomar no restaurante. Me sinto orgulhoso de haver prestigiado a casa para tomar esse grande vinho. Nesses casos eu não cobro a taxa de rolha e ainda agradeço ao cliente por nos prestigiar.
Por outro lado há gente que tráz vinhos não só corriqueiros, como às vezes vinhos mediocres. Se sentem ofendidos quando cobramos a taxa de rolha.
Acho que essas pessoas não têm noção dos custos de operação de um restaurante e nem a consciência de quantas famílias vivem da venda de vinhos em um restaurante: Sommelier, Maitres, garçons, cumins, as pessoas que lavam os copos, etc! Sem falar dos fornecedores da bebida. Só trabalho com taças Riedel e Spiegelau, o que sempre enaltece a bebida. Isso custa caro!
Em todas as cartas que eu elaboro existem bons vinhos em torno de R$50,00. E a taxa de rolha à 60,00.
Um grande abraço!! |
José Guilherme Gonçalves Apreciador e gourmet Rio de Janeiro RJ |
28/05/2013 |
Caro Oscar,
Viva a Casa do Sardo! Além de não cobrar a taxa, eles não são gananciosos com relação aos preços que cobram nos vinhos e nos pratos. Normalmente vamos em dois casais e quando levamos vinho fazemos questão de sempre consumir um da casa para compensar a gentileza.
Considero os preços na Zona Sul, não só dos vinhos e taxa de rolha, mas também da comida, muito altos. Acho absurda a cobrança da taxa quando a carta disponível é ruim ou não existe, mas pior é cobrar taxa e não possuir nem copos nem profissionais preparados para servir apropriadamente o vinho.
Parabéns pela matéria!!! |
Alexandra Bezerra Bióloga Rio de Janeiro RJ |
29/05/2013 |
Adorei a pesquisa, tabelas e comparações.
Também acho um absurdo alguns preços, que não sejam um procedimento tabelado ou que sigam a Lei nº 2.441/96, conforme citou Paulo Szarvas.
Mas um comentário em prol dos nossos devo deixar, a possibilidade de poder levar uma garrafa de fora. Minha experiência principal é Itália. Ah Italia... Ok, país produtor de ótimos vinhos etc, mas às vezes vc quer algo diferente, de uma adega menos comercial ou um vinho mais elaborado ou mesmo um vinho de outro país. Vai dizer isso ao maitre, gerente ou responsável qualquer pelo local? Aí, está arriscado te tratarem super-mal e nem vão saber o que é taxa de rolha.
Já acham estranho vc querer levar a garrafa que não terminou.... E olha que há varias campanhas de enólogos e enófilos em prol disso! |
Oscar Daudt EnoEventos Rio de Janeiro RJ |
29/05/2013 |
Eu não lembrava mais dessa lei, acima citada, e fui pesquisar na Internet. Seu texto é:
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - As casas noturnas, bares, restaurantes e congêneres permitirão a
entrada de freqüentadores em suas dependências portando vasilhames com
bebidas alcoólicas de sua propriedade.
§ 1º - O cliente, ao citar os termos desta , deverá invocar o "direito de
rolha".
§ 2º - O vasilhame deverá estar lacrado para que seja permitido o ingresso.
Art. 2º - O estabelecimento comercial deverá cobrar de seu cliente dez por
cento do valor da bebida, conforme consta em sua carta.
Parágrafo único - Caso a bebida não tenha similar no estabelecimento a
gerência deverá discutir o valor do ingresso com o cliente.
Art. 3º - Os estabelecimentos que se recusarem a atender os termos desta Lei
sofrerão as sanções a ser aplicadas pelo Poder Executivo.
Parágrafo único - As sanções serão pecuniárias ou de suspensão do alvará de
Funcionamento por trinta dias se houver reincidência.
Art. 4º - Os estabelecimentos comerciais deverão exibir cópia desta Lei em
lugar visível à clintela.
Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 20 de junho de 1996
CESAR MAIA |
Luis Felipe Pimentel Reis Advogado-ABS Rio de Janeiro RJ |
29/05/2013 |
Boa tarde,
Gostaria de saber o valor da rolha no Pobre Juan?
Obrigado
A Veja Rio publica que o preço da rolha é informado apenas sob consulta. Só ligando para lá para saber. Abraços, Oscar |
Almanaque do Roberto Jornaleiro São Joaquim SC |
31/05/2013 |
Este ano passei a tomar uma taça de vinho tinto seco por dia.
Não é fácil encontrar quem venda vinho em taça por aí. Se eu for numa padaria, lanchonete ou restaurante popular consumir uma taça de vinho, nunca tem. Balconistas ou gerentes desses estabelecimentos me dizem que não vendem bebidas alcoólicas, sempre que eu peço uma taça de vinho tinto seco.
Mas cachaça, cerveja, conhaque, caipirinha e pinga eles vendem. Façam o teste para vocês mesmos verem. |
Fernando Dias Lima Enófilo amador esforçado Rio de Janeiro RJ |
31/05/2013 |
Grande Oscar,
Excelente matéria, está cada vez mais completa.
A questão da rolha é sempre polêmica, mas como os preços praticados em muitos restaurantes são assustadores, trata-se de um recurso que considero válido. Sempre procuro ir aos estabelecimentos que cobram um valor de rolha amigo; e adoto como regra levar vinhos que não fazem parte da carta, que sejam de uma categoria mais premium, nunca vinhos básicos e comuns, e não raro, começo os trabalhos consumindo um espumante da própria carta.
Assim, acho que como cliente faço o que considero justo em termos de taxa de rolha. Pô, já vi cobrarem 130 reais num Alamos Malbec e este era o vinho mais barato de uma extensa carta.
Grande Abraço, Fernando |
Helga Lima Carlos Enófila Rio de Janeiro RJ |
31/05/2013 |
Caro Oscar,
Ótima matéria! A pesquisa foi impecável! Fecho aqui com a opinião do Didu.
Também há a situação de alguns restaurantes que oferecem boa comida mas com cartas de vinhos lastimáveis, pelo menos aqui no Rio. Sempre achei absurda esta taxa de rolha. Isto faz com que, cada vez
mais, eu opte em convidar amigos para degustações em minha casa. O programa é sempre divertido e traz conhecimento de novos rótulos. Para nós enófilos , que conhecemos o mercado, os valores dos rótulos, também por vezes assombra os valores cobrados pelos mesmos em restaurantes. Acho até que já tivemos fases piores.
Os restaurantes já institucionalizaram a cobrança quase compulsória de taxa de serviço, que é opcional ao cliente, ultrapassando, descaradamente, a faixa dos 10% chegando a absurdos 20% em alguns restaurantes. E ainda querem cobrar taxa de rolha? |
Nei Erling Engenheiro Rio de Janeiro RJ |
04/06/2013 |
Professor Oscar
A minha produção (consumo) de vinho é +/- 2(duas) garrafas por mês e, quando almoço em restaurantes, eu tomo uma taça de vinho que para mim é o suficiente. Atende o meu ego. Apesar da minha cardiologista ainda dizer que eu tomo muito vinho.
Não quero entrar na polêmica sobre o assunto por não estar bem atualizado e apesar de ter a minha opinião pessoal. Mas, o que mais chamou atenção nessa pesquisa foi o seu trabalho. Agora deve estar entendendo porque estou chamando-o de Professor. Porque coletar dados e fazer uma série de tabelas como as que estão aí e que levam um tempão para elaborá-las; para mim como orientação, sugestão e como proceder nesses casos nos auxiliam a aproveitar-se desses dados nos nossos próximos procedimentos;; é fantástico.
Portanto, os meus parabéns por mais esta aula sobre vinhos e rolhas, e não rolos da vida.
Um abraço, Nei Erling
Valeu, Nei. Muito obrigado pelos elogios. Abraços, Oscar |
Guido Cavalcanti Administrador e Enófilo Curitiba PR |
26/08/2013 |
No meu modo de ver, não se deve levar vinho em restaurante. Se o restaurante não tem carta de vinhos, ou se a carta de vinhos não for boa, procure outro. Bons restaurantes geralmente possuem boas cartas de vinho. |
Thais Sinhorini Gastróloga e Colunista- Sociedade da Mesa São Paulo SP |
17/10/2013 |
Eu descobri esse site e essa maravilhosa pesquisa pois vamos escrever uma matéria sobre a taxa de rolha pelas capitais do Brasil.
Em São Paulo, temos um preço médio de R$50,00 pela rolha e o serviço geralmente não é tão simpático quando adotamos esta prática. Eu tenho acesso a bons vinhos por preços melhores e acho justo uma taxa de rolha desde que o valor seja sensato e se o serviço do vinho não foi tão bom, não volto e nem recomendo mesmo que a comida seja fantástica. |
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