
O Istituto del Vino Italiano di Qualitá é uma associação de 19 das mais destacadas vinícolas familiares italianas que se reuniram com os objetivos de:
orientar e reforçar o desenvolvimento do vinho italiano de qualidade;
desenvolver atividades para a promoção do vinho italiano no mundo.
Em outras palavras, é uma versão doméstica da internacional e prestigiada Primum Familiae Vini (clique aqui para recordar).
Esta semana estiveram aqui no Rio de Janeiro representantes de 11 associados para apresentar seus vinhos ao público carioca. Bateram o ponto: Ambrogio e Giovanni Folonari (Toscana), Antinori (Toscana), Carpenè Malvolti (Vêneto), Donnafugata (Sicília), Masi (Vêneto), Mastroberardino (Campania), Michele Chiarlo (Piemonte), Pio Cesare (Piemonte), Rivera (Puglia), Tasca d'Almerita (Sicília) e Umani Ronchi (Marche).
Com tantos nomes assim icônicos, nem seria justo chorar as ausências, mas elas são igualmente importantes e os 8 associados que fizeram "forfait" foram Alois Lageder (Alto Adige), Argiolas (Sardenha), Biondi Santi (Toscana), Cá del Bosco (Lombardia), Gaja (Piemonte), Jermann (Friuli), Lungarotti (Umbria) e Sassicaia (Toscana).
O evento foi realizado nos salões do Copacabana Palace onde as associadas montaram seus estandes para atender a uma multidão de apreciadores que quase sufocavam os representantes e suas garrafas. Era muita, muita gente...
Mas o melhor aconteceu antes do evento, quando uma Master Class, comandada por Marcelo Copello, e com a presença dos produtores, apresentou alguns rótulos de alto calibre. Foram um espumante, um vinho de sobremesa e 9 tintos. O que me surpreendeu foi o fato de não haver nenhum vinho branco na apresentação, como se a Itália não fosse o endereço de alguns dos mais estupendos brancos do mundo. É certo que os consumidores brasileiros, contra toda a lógica, não são muito apaixonados por vinhos brancos, mas me parece que essa seria exatamente uma boa oportunidade para quebrar esse paradigma. Quem sabe ano que vem?
Falar dos monstros sagrados que desfilaram pelas taças - como o Guado al Tasso 2009 e o Pio Cesare Barolo 2007 é quase um exercício de futilidade: todos já sabem que eles são excepcionais. Fora eles, os que mais me impressionaram foram:
Michele Chiarlo Barolo Cerequio 2007, vinho elegante e poderoso, com delicados toques florais, frutas e tabaco, formando um conjunto que beira a perfeição;
Umani Ronchi Pelago 2008, corte de 50% Cab Sauv, 40% Montepulciano e 10% Merlot, em um vinho que busca conservar o caráter do Marche, mas com um empurrãozinho das castas internacionais; excelente estrutura, aveludado, com toques de chocolate e especiarias. Belíssimo vinho!
Oscar Daudt
21/07/2013 |