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Matéria Comentarista Data Comentário
Em defesa do vinho brasileiro Eduardo Beauclair
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
17/03/2012 Caro Oscar,

Aumentar imposto de importados ou reservar mercado para nacionais já foram testados no Brasil, em outros segmentos da indústria, e nunca funcionaram. O mais correto seria a união dos produtores nacionais para a redução de impostos. A carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo.

Grande abraço!
Em defesa do vinho brasileiro Rafael Mauaccad
Enófilo
São Paulo
SP
17/03/2012 Oscar,

Em última instância, caberá às autoridades governamentais brasileiras fomentarem, incentivarem e atrairem investimentos para o setor vitivinícola, atendendo parcial ou integralmente os atuais reclames desta indústria.

Nosso setor vitivinícola poderia assim mirar seu planejamento de desenvolvimento na realidade norte-americana, em que os vinhos da Califórnia dominam o mercado doméstico, respondendo por 2/3 do total de vendas nos Estados Unidos. A produção norte-americana compete fortemente com os vinhos da Europa e do Novo Mundo. A competição intensa fomentou a concentração em curso no setor. Os 8 maiores vinicultores respondem por mais de 75% da produção americana, enquanto os cerca de 1600 restantes produzem os 25% complementares.

Em síntese, a indústria vinícola americana enfrenta competição intensa, crescente poder de barganha dos distribuidores e varejistas, aumento de pressão sobre os preços e achatamento da demanda, não obstante a variedade de oferta cada vez mais ampla.

As discussões sobre o tema devem estar sempre pautadas pelo pragmatismo das relações comerciais, isentas das manifestações passionais das partes envolvidas.

Abraços,
Rafael
Em defesa do vinho brasileiro Cesar Galvão
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
17/03/2012 Depois da resposta completa do Lalas, não me restou quase nada a comentar, apenas vir dizer que sou favorável ao boicote. Se dependendermos de "consciência" do empresariado de quaisquer setores ou do bom senso do governo em questões tributárias, vamos todos sim pagar mais caro por importados e os produtores que acham que ganharão com a medida continuarão perdendo mercado para os argentinos, os maiores beneficiados com a medida, sob meu ponto de vista. O pessoal de Mendoza deve estar cruzando os dedos nesse exato momento em que estamos trocando fogo amigo.

E, assim como o Lalas e outros enófilos, sou entusiasta do vinho acessível e de qualidade, seja ele nacional ou estrangeiro, e fico muito orgulhoso quando me deparo com um excelente vinho brazuca.

Saudações,
Cesar Galvão
Zot Wine & Gastrobar Antonio Landeira
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
17/03/2012 Tive a grande satisfação de conhecer este novo bar que me lembrou bem o ambiente espanhol, onde ir de pequenas porções (tapas) acompanhadas de vinho faz parte do dia a dia. Realmente um lugar aconchegante.

Por coincidencia encontrei Oscar por lá, o que nos proporcionou uma excelente companhia. Como sempre, Oscar eficiente na rapidez e qualidade na matéria.

Grande abraço!
Zot Wine & Gastrobar Ciça Roxo
Chef de cozinha
Rio de Janeiro
RJ
18/03/2012 Oscar, foi um prazer e uma honra para mim e para Joca recebê-los no Zot e poder compartilhar as histórias da origem dos nossos pratos.

Beijos
Zot Wine & Gastrobar Cláudio Martins e família
Vitória
ES
18/03/2012 Gostamos muito do que vimos no EnoEventos. Estaremos ao vivo aí na Semana Santa.

Grande abraço e sucesso.
Em defesa do vinho brasileiro Áurea Recchia
Viticultora
Pontlevoy
França
18/03/2012 Caro Oscar,

Posso até entender sua posição, mas concordo em gênero, número e grau com todos aqueles que escreveram acima, assino embaixo e Lalas se posicionou exatamente como acho que todos aqueles que apreciam realmente o vinho pensam.

Reserva de mercado não adianta NADA, ao contrário, piora inteiramente o setor. Ha necessidade de uma concorrência fiel, leal e importante para um crescimento de mercado. Primeiro eles têm que implementar tudo o que disseram que fariam, para depois tentar provar que o que estão pedindo agora seja de valia, o que é, mesmo neste caso, impossivel, na minha opinião.

Vivemos num mundo globalizado, sem retorno. Sera que não entenderam isto?

Áurea,

Os produtores não solicitaram reserva de mercado, mas os incendiários de plantão estão assustando a todos com essa ameaça.

Eu discordo de você e de grande parte dos que escreveram acima. A indústria brasileira de vinhos - assim como muitos outros setores de nossa economia - vem enfrentando uma concorrência predatória. É um direito dos produtores reivindicar uma solução para enfrentar essa crise e é uma obrigação do governo proteger a indústria nacional. O Brasil é um país que se desindustrializa à galope e a enxurrada de dólares que invade nossas fronteiras só vem agravando essa situação. Se ficarmos imóveis, em breve voltaremos a ser a sociedade rural que éramos até a metade do século XX.

Aí na França, o governo subsidia as atividades agrícolas com quantias imorais, para que os produtos consigam ter preços de mercado. Imagine se você sugerisse, já que a economia é globalizada, que a agricultura francesa fosse extirpada e passassem a comprar tudo do Brasil, que é muito mais eficiente nesse setor? Com certeza você seria jogada na fogueira feito uma Joana d'Arc.

Abraços, Oscar
Zot Wine & Gastrobar Abalen Abirached
Engenheiro
Rio de Janeiro
RJ
18/03/2012 Para mim foi a melhor surpresa do ano. Local maravilhoso, cardápio irretocável, vinhos de primeira linha e a simpatia da Andréia e do Marcio pilotando sua linda criação... Se melhor, estragava...

Parabéns e sucesso!!
Zot Wine & Gastrobar Eliane Martins
Advogada
São Paulo
SP
18/03/2012 O lugar parece muito agradável e as comidinhas maravilhosas! Na minha próxima visita ao Rio, o Zot será parada obrigatória :)
Em defesa do vinho brasileiro Guilherme Lopes Mair
Enófilo
Brasília
DF
19/03/2012 Caro Oscar,

Presto minha contribuição ao debate:

www.umpaposobrevinhos.com.br

Um abraço
Em defesa do vinho brasileiro Cleverson Castro
Sommelier Restaurante Ícaro Niterói
Niteroi
RJ
19/03/2012 Fico deveras preocupado com a retaliação que os outros países produtores possam adotar após o aumento de impostos sobre seus vinhos.

Se optarem pela lei da reciprocidade, imagino o cenário que se desenharia com, por exemplo, o Sarkozy sobretaxando a entrada de vinhos brasileiros em solo francês a fim de salvaguardar a produção de seus Hermitages, Montrachets, Champagnes.

A Catherine Deneuve faria campanha contra a entrada do Vila Francioni, grande ameaça ao mercado de Chablis.

Imagino que o Mondavi mandaria uma mensagem psicografada ao Obama pedindo que ele barre a entrada do Desejo para não afetar o consumo do Opus One.

Na Itália, os Brunos e Giuseppes deixariam de comprar os vinhos da Aurora e voltariam a beber os do Gaja, do Quintarelle e do Soldera.

Com as restrições à entrada de vinhos brasileiros em vários países -da Nova Zelândia ao Uruguai- a queda no grande volume de vinhos exportados pelo Brasil deixaria um excedente de produção, que seria absorvido pela criação do "Bolsa Vinho".

As famílias gaúchas de baixa renda seriam contempladas pelo programa "Minha Pipa Minha Vida".
Em defesa do vinho brasileiro Daniel Salvador
Enólogo
Flores da Cunha
RS
19/03/2012 Como um pequeno produtor de vinhos, gostaria de ver tantas cabeças pensantes unidas pelo aumento do consumo de vinhos no Brasil. Este assunto que corre entre as midias, que para uns é polêmica, para outros negócio, está tomando conta dos espaços que deveriam ser desitnados à qualidade da safra 2012.

Sonhei que voltaríamos a repetir um 2005, onde todos unidos celebramos em torno do vinho, em qualidade e em consumo. Gostaria de imaginar se todo o esforço que estamos fazendo para defender ambas as partes fossem destinadas a "popularizar" o consumo do vinho. Com 5 litros per capita de consumo garanto que todos estariam felizes e realizados... assim como eu estaria também...
Em defesa do vinho brasileiro Carlos Frederico Van Der Ley Lima
Artista plástico
Niteroi
RJ
19/03/2012 Caro Oscar,

Vc. pode estar subestimando a inteligencia das Pessoas, pense nisso!!!

Você poderia ao menos dizer por quê... Abraços, Oscar
Em defesa do vinho brasileiro Marcelo Carneiro
Advogado e escritor
Resende
RJ
19/03/2012 Caro Oscar.

Como sabe, fui crítico feroz do selo e agora faço o mesmo em relação à criação de salvaguarda sobre os vinhos nacionais. Não apenas sou um defensor intransigente dos nossos vinhos, como sou representante de Pizzato, Villa Francioni, Guatambu, etc e a minha maior dificuldade sempre foi o preconceito e - de certa forma - o preço (se comparado com chilenos e argentinos).

Mas, como tenho dito no meu site e no Facebook "A MULHER FEIA MANDAR FAZER UMA CICATRIZ NO ROSTO DA VIZINHA BONITA. NÃO VAI FAZÊ-LA MAIS ATRAENTE".

Não apenas concordo com o Alex, mas há tempos venho defendendo a reclassificação do vinho como alimento e a desoneração tributária da cadeira produtiva.

Agora, sou ABSOLUTAMENTE CONTRA O BOICOTE AOS VINHOS NACIONAIS, pois, creio que isso seria um desastre a médio e longo prazo, pois, pode restaurar um preconceito que sequer foi superado, ou seja, vai alimentar a "birra" do mercado para com os vinhos nacionais. É hora de repensar valores.

Se os grandes produtores conseguiram por duas vezes seguidas pressionar o governo em relação ao selo e a salvaguarda, podem muito bem fazer o mesmo visando a redução de tributos e incentivos fiscais. Certamente, terão o apoio incondicional do mercado.

Acho ótima a sua sugestão sobre a taxação fixa e pode ser uma boa experiência.

Enoabs
Em defesa do vinho brasileiro Aquiles Meo de la Torre
Sommelier
Colina
SP
19/03/2012 Prezado Sr Oscar

Para ser jornalista temos que ser independientes.

Ser independiente significa não aceitar viagens sem pagar a diversas vinicolas do mundo dentre elas as brasileiras que tem muito dinheiro para torrar.

O Sr não é independente desde o minuto que aceitou sua primeira viagem paga por produtor/importador/sindicato.

Sem mais
Aquiles
Em defesa do vinho brasileiro Osmir Avila Abrantes
Engenheiro e enófilo
Cascavel
PR
19/03/2012 Enquanto lia as opiniões de todos que escreveram, me atentei às palavras do enólogo de Flores da Cunha, Daniel Salvador, onde o mesmo faz menção aos consumidores da bebida de Baco.

Realmente, enquanto não houver uma conscientização nacional dos benefícios do vinho com alimento e remédio, a mídia da cerveja domina o mercado, não adianda imaginar uma responsabilidade de todos os produtores, se não houver um lobby de políticos para a divulgação da divina bebida.

Enquanto houver a ignorância da maioria da população brasileira quanto a ingestão de vinho estaremos sempre na eterna discussão do ovo e da galinha.

Abraços
Osmir
Zot Wine & Gastrobar Patricia Wigg
Arquiteta
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Perfeito!! O local é super aconchegante e os proprietários super anfitriões!

P.S: Vale experimentar um pouco de tudo, principalmente o brandade de bacalhau e baroa com tapenade!
Zot Wine & Gastrobar Marcelo Prudente
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Tive a grande satisfação de conhecer a casa e adorei. A Andrea e o Márcio são de uma simpatia singular e, além de um ambiente muito agradável, conciliaram um cardápio primoroso com uma bela carta de vinhos a preços mais que honestos.

Sucesso para eles.
Em defesa do vinho brasileiro Rogerio Rebouças
Jornalista e consultor
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Caro Oscar,

Em diversas análises que fiz ao longo dos dois últimos anos no blog Conexão Francesa sempre disse que considerava o grande produtor de vinho brasileiro um míope de marketing. Posicionando seus produtos equivocadamente, negligenciando a base da pirâmide e sempre mirando no alto com preços absurdos.

Quando os maiores produtores nacionais convenceram o governo a lançar o selo fiscal, tal como existe no uísque, disse que era um tiro no pé. Parece que de fato o tiro foi no pé e agora os mesmos grandes produtores nacionais, não satisfeitos, querem dar um tiro na cabeça. Hoje quando pedem ao Ministério da Comércio e Indústria a aplicação de uma salvaguarda (aumentar o imposto de importação de 27% para 55%) para proteger a indústria do vinho nacional digo: são cegos e mal-intencionados. Ou você acha que a gigante Miolo precisa de proteção? Quem vai pagar esta conta é o consumidor.

Cego é aquele que não quer ver. Percebe o mercado crescendo, percebe que não consegue impor seu vinho medíocre e caríssimo. Se o espumante conseguiu um mercado, lidera as vendas, é por que é de boa qualidade e tem preço bom. Vende muito mais do que os importados. Se seus tintos e brancos são caros e abaixo da média é por que tem algo errado com eles. Se o custo de produção é alto, peça ao governo apoio, lute por melhores condições. Se acha que encarecendo o importado vai ficar competitivo está muito enganado. Vinho ruim terá sempre uma relação prazer preço desvantajosa. Que melhore sua qualidade e volte a campo em melhores condições. Ou será que alguém paga para ir ao estádio ver jogo de quarta divisão?

Dou consultoria para produtores franceses exportarem para o Brasil, mas já tentei, e tento ainda, exportar alguns espumantes de uva moscatel, método charmat, para os EUA, inclusive da Miolo, mas realmente eles conseguem ser mais caros do que os europeus de método champenoise, tradicional, normalmente de custo bem maior. Ganância desmedida e cegueira proposital, não há outra explicação. Custo Brasil? Talvez, mas só um pouquinho tá. Boicote ao vinho nacional já. Basta.
Em defesa do vinho brasileiro Pedro Esteves
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 O comentário de Jandir Passos, sobre o nosso consumo de vinhos em garrafão, diz muito. Proteção ao nosso mercado sim, proteção ao rendimento astronômico não.

Não sou, caro OSCAR, o consumidor de vinhos de 250 reais, que não paga 100 no nacional. Sou o cara que paga até 60 Reias e, de vez enquando, 80. Quase não tomo vinho nacional, justamene pq compro um chileno, argentino, espanhol, principalmente estes, com uma qualidade bem melhor nessa faixa de preço. As importadoras fazem carteis para terem lucros altos, os vinicultores nacionais cobram 60 reias em um vinho que poderiam vender a 30.

Viva o espumante brasileiro, mas onde compro tinto de qualidade sem ficar pobre? Não consigo achar um bom tinto brasilerio por 40 reais (mentira, achei só um ate hj). Abraços e que ao inves de acabar com os impostos, acabemos com os impostos no consumo e na produção, passando a taxar a Renda (pobres pagam menos, ricos pagam mais, e a classe média para médio. Ao contrário do que temos hj, pobre n paga, rico quase n paga e a classe média paga tudo).
Em defesa do vinho brasileiro François Sportiello
Importador de vinho Nova Fazendinha
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Bom dia a todos,

Este novo episódio da guerra que vém travando alguns produtores nacionais contra os importados teve um grande mérito, o nosso querido Oscar saiu do closet e com virulência!

O texto do inquérito instaurado pelo MDIC a pedido das instituições mencionadas formula uma serie de postulados inexactos fundamentadas em estatísticas parciais e em afirmações falsas. A mesma coisa aconteceu na batalha do selo de IPI.

Leva em consideração para caracterizar o grave prejuízo a industria nacional apenas a produção de vinhos finos elaborados a partir de uvas viníferas, no entanto ;

Em 2010 no estado do Rio Grande do Sul, de longe o maior estado produtor no Brasil, foram produzidas 480, 82 milhões de kg de uvas rústicas e apenas 46, 07 milhões de kg de uvas viníferas. ( Fonte Ibravin/Mapa/Seappa-RS).

Destas uvas em 2010 foram produzidos no Rio Grande do Sul 24,81 milhões de litros de Vinhos finos de mesa e 296, 51 milhões de litros de vinhos comuns e outros derivados da uva e do vinho ( fonte IBRAVIN / Cadastro Vinícola ) . A proporção de vinhos finos oscilando entre 11,6% em 2004 e 8,4% em 2010 do volume dos vinhos de mesa comuns produzidos com uvas rústicas.

Portanto representar um setor que produz no mínimo 321,32 milhões de litros como sendo esmagado pela concorrência de produtos importados em quantidade 5 vezes menores é simplesmente inverídico , parcial e inaceitável. Esta tese, e por consequência esta petição visa apenas a promover os interesses comerciais da minoria de produtores que controlam as diretorias das instituições mencionadas acima, mentores desta petição. Eles decidiram tentar forçar os Brasileiros, por meio da elevação dos preços de seus concorrentes estrangeiros, a consumir seus produtos em maior quantidade e, este é o objetivo prioritário, a comprá-los por preços mais elevados. Não se trata de proteger um setor ameaçado, mas sim, por meio de uma manobra proteccionista, de implantar de novo no Brasil uma reserva de mercado para favorecer os interesses comerciais de uma minoria, sacrificando de passagem os interesses de todos os consumidores brasileiros.

No seu site o Miolo Wine Group informa que produz 12 milhões de litros de vinhos finos e que o seu faturamento em 2009 foi 32% maior que em 2008 , declara também ser lider do setor de vinhos finos no Brasil com quase 50% da produção.

É dificil entender, quando o lider declara por um lado que seu faturamento aumentou 32% no periodo 2008 - 2009 e 20% no período 2010 - 2011, e por outro lado peticiona para que seja dobrado o imposto de importação, que já é muito alto, sobre os vinhos finos importados, pretextando prejuízo grave a industria domestica.

É fato notório e incontestável que as condições climáticas dos estados tradicionalmente produtores do Brasil não lhes permitam competir com seus colegas, na Argentina e no Chile, na produção industrial de vinhos finos tranquilos de baixo custo e qualidade mediana. Trate-se de uma realidade inescapável que se traduz pela diminuição inexorável das quantidades de vinhos finos tranquilos nacionais consumidos no Brasil e pela elevação dos volumes importados destes 2 países. Da mesma forma que os chilenos consomem a manga e a soja brasileira, os brasileiros consomem os vinhos chilenos, não há selo fiscal, decretos ou salvaguardas que conseguirão tornar o Chile um grande produtora de manga ou de soja ou o Brasil um grande produtor de vinhos finos.

Os vinhos Espumantes nacionais produzidos com uvas viníferas, são beneficiados por condições de produção mais favoráveis, já que as uvas não precisam ser colhidas totalmente maduras. Estes produtos, produzidos e comercializados por empresas capitalizadas, competentes e agressivas, são percebidos pelos consumidores como sendo de boa relação qualidade- preço, portanto os volumes produzidos tem progredidos consideravelmente no período 2004/2010 , saltando de 4, 81 a 8, 70 milhões de litros somente no Rio Grande do Sul, enquanto a importação de espumantes se manteve praticamente estável , de 3,09 em 2004 a 3,02 milhões de litros em 2009 . Houve um crescimento de 81% da produção nacional e uma estagnação dos volumes importados. ( Fonte: Cadastro Vinícola/ Ibravin/ Mapa/ Seappa-RS )

O Lider deste segmento, a Vinicola Salton, também produtor de apreciáveis volumes de vinhos finos, anuncia no seu site, no link Noticias/ release datado de 7/11/2011, investimentos de mais de oito milhões de Reais para aumentar a produção em 80% , e poder " evitar rupturas em períodos de grande demanda".

Não precisamos então nos preocupar com a saude financeira dos lideres do setor de vinhos finos e espumantes no Brasil , pelo contrario, o seu faturamento aumenta em proporções consideraveis anos após anos , e há temores de não poder atender a demanda.

Quando o consumidor Brasileiro percebe o produto nacional como sendo de boa qualidade vendido a preço abordável no contexto geral, como é o caso dos espumantes, os volumes aumentam inibindo a progressão das importações. Quando, como é o caso para os vinhos finos tranquilos, a percepção é inversa, preço alto para uma qualidade fraca, os volumes comercializados diminuíam e os volumes importados crescem para atender a demanda.

A salvaguarda reclamada por alguns produtores não ira inverter esta situação, pelo contrario, ira apenas encarecer para o consumidor os vinhos produzidos por países fora do Mercosul ou que não beneficiam de acordo tarifaria com o Brasil.

A médio prazo a participação da Argentina e do Uruguai ira aumentar consideravelmente já que os acordos comerciais bilaterais firmados não poderão ser revistos par atender os interesses de uma minoria. As grandes redes de varejo irão se fornecer cada vez mais nestes países cujos produtores podem lhes garantir, além de preços baixos e qualidade razoável , a exclusividade regional sobre suas marcas.

Outro postulado parcial e inexato, mas fundamental para que esta manobra prospera: os vinhos importados são similares aos nacionais : são feitos com uvas viníferas e são vendidas em garrafas .

Mesmo para os vinhos industriais esta simplificação não é correta já que há uma grande diferença entre um vinho simples feito a partir de uvas sadias e um vinho simples feito a partir de uvas prejudicadas por doenças fúngicas, necessitando de separação, e tratamentos intensivos no vinhedo e na adega.

Para os vinhos que possuíam forte identidade geográfica este argumento é simplesmente ridículo e não mereça ser contestado neste fórum.

Outro argumento parcial, mentiroso e de fácil contestação: o Brasil estaria alvo da desova pós-crise de 2008, a preço de custo, dos estoques encalhados de determinados produtores, Itália e Portugal sendo o principais alvos desta afirmação fantasiosa.

Enfim , não precisamos nos preocupar demais, esta manobra anticonstitucional, fundamentada numa lei dos anos 50, se não cair no MDIC caíra na Justiça.

Mas precisamos nos mobilizar, juntar argumentos e estatísticas, e ficar atenta a próxima, ainda mais traiçoeira: a exigência por parte do MAPA de menções obrigatórias em português nas etiquetas FRONTAIS dos vinhos importados.

É UMA GUERRA ! o que esta em jogo, além do vinho , é nossa liberdade, não podemos, sem reagir, deixar grupos representando apenas seus interesses comerciais e beneficiando de forte apoio político, ditar nossos hábitos.

Abraço,
François Sportiello

Meu caro amigo e fornecedor François,

Por mais que eu pense, não consigo encontrar uma pessoa mais inadequada, no mundo do vinho, para me acusar de eu finalmente ter saído do armário. Eu sempre expus meus pontos de vista com muita clareza e, principalmente, assinando embaixo.

Esse meu comportamento é diametralmente oposto ao seu que, até muito recentemente, se escondia atrás de pseudônimos para fazer comentários no EnoEventos: Antônio Liberal (nome de seu filho) e Thomas Badofszky (nome de um coleguinha de escola dele). Se você esqueceu desse episódio, clique aqui para recordar.

De qualquer forma, só tenho de me rejubilar ao ver que você, finalmente, teve a coragem de assumir seus pontos de vista. Parabéns e abraços.

Oscar
Em defesa do vinho brasileiro Julio Ribeiro
Publicitário
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Senhores,

Li todos os comentários acima e quanto mais leio mais percebo que a discussão é muito mais sobre interesses pessoais do que melhoria de consumo no Brasil.

Vejo de um lado, os produtores brasileiros preocupados com os vinhos importados de até vinte reais.

De outro lado, jornalistas, enófilos e pseudo-conhecedores, arrotando as qualidades de vinhos importados que a grande maioria dos consumidores sequer viram uma garrafa.

Como fazer comparações entre laranjas e bananas? Laranja é laranja, banana é banana.

Comparem os vinhos brasileiros de até vinte e cinco reais, com vinhos de Chile e Argentina da mesma faixa de preço. Degustem os Santas e os Reservados e comparem com os nacionais. Isto sim é justo e correto.

Por falar nisto, os senhores já se deram ao trabalho de lerem os contra-rótulos destes vinhos? Lá estão especificados como meio secos ... (ou como dizemos no Brasil, meio doces). Mas creio que os senhores, sequer olhem para estes vinhos, que por um pequeno acaso, lideram com milhares de caixas, a lista dos vinhos importados no Brasil.

Imagino que um Domaine Bertagna Vougeot Blanc Le Village (R$ 200,00 - Vieira Souto), seja um vinho de excelente qualidade. Entretanto, creio tambem que muitos como eu, sequer viram uma garrafa deste vinho na vida.

Entretanto, quando o consumidor comum ouve falar de boicote e tudo o mais, ele não pensa em quantas garrafas deste belo exemplar ele beberá e sim, que deixará de beber seus nacionais de até trinta e cinco reais(?).

Senhores, todos tem razão e todos estão errados. Vamos melhorar sim o consumo brasileiro. Há espaço para belos vinhos importados e há espaço para os vinhos nacionais, que segundo alguns aqui mesmo falaram ,vem melhorando suas qualidades.

Só não pode haver espaço, para vinhos importados vagabundos, que não são consumidos em seus países de origem e que são despejados aqui, para consumo de uma massa mal orientada, e enriquecimento de pessoas que vivem da falta de conhecimento do povo.

Que todos se unam pelo conhecimento e não pelos interesses pessoais.

Mas isto é utopia, né?

Abraços
Em defesa do vinho brasileiro Carlos Feliz
Adega Boulevard
Curitiba
PR
19/03/2012 SE AO INVÉS DE DESONERARMOS A CADEIA PRODUTIVA DOS VINHOS NACIONAIS, PEGARMOS O ATALHO MAIS FÁCIL DE AUMENTO DE IMPOSTOS PARA OS IMPORTADOS, ENTRAMOS NUM JOGO DE PERDE/PERDE ONDE QUEM MAIS PERDE É O CONSUMIDOR. OS ÚNICOS QUE SAIRÃO GANHANDO SÃO OS CONTRABANDISTAS, CADA VEZ MAIS NUMEROSOS E OUSADOS.

ESTRANHO VOCÊ, OSCAR, QUE É O PRIMEIRO A CRITICAR OS ALTOS PREÇOS DE ALGUNS IMPORTADORES, CONCORDAR COM UM ABSURDO DESSES. SE AS MARGENS DE LUCRO DOS IMPORTADORES SÃO TÃO ALTAS ASSIM COMO VOCÊ DIZ (PORNOGRÁFICAS), ENTÃO NO BRASIL NÃO EXISTE A LEI DA CONCORRÊNCIA POIS TODOS OS DIAS SE ABREM NOVOS IMPORTADORES. SERÁ QUE SÃO TODOS LADRÕES OU O PROBLEMA É O FAMIGERADO CUSTO BRASIL?
Em defesa do vinho brasileiro Jandir Passos
Livre pensador
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Um aspecto importante a ser colocado: hoje a chuva de importados se deve ao real supervalorizado (e dólar lá em embaixo). Com isso, a entrada de importados no país é bem mais fácil, e as nossas exportações ficam prejudicadas. Mas isso se refere a qualquer produto. Para a nossa ineficiente e pouco competitiva economia o ideal seria o dólar 2,20 reais. O custo Brasil se deve a carga tributária elevada, burocracia, péssima logística, desperdício (na construção civil chega a 30% de desperdício), mão de obra pouco qualificada em vurtude do ensino fundamental e médio serem deficitários, ruins, portos e aeroportos caros operacionalmente e ineficientes, etc... Em consequência, nossos produtos aqui produzidos são caros. É portanto um problema macroestrutural.

No que se refere ao vinho nacional, que nos últimos 15-20 anos deu um salto qualitativo indubitável, e o exemplo mais conhecido são nossos espumantes, melhor do que 99,9% dos prosseccos importados e espumantes de outras nacionalidades, acreditar que ao pedir salvaguardas ao governo, sem dizer de que tipo, entendo que ele irá tomar medidas que não sejam meramente uma tributação maior ainda, expediente historicamente adotado no País, é tão ingenuo quanto dar ao Conde Drácula o gerenciamento de um banco de sangue...

No Brasil, o governo mais atrapalha do que ajuda. E quem paga a conta é sempre o contribuinte. Que benefícios até agora o selo fiscal trouxe?
Em defesa do vinho brasileiro Viviane D'avila
Gerente de Marketing Ravin Importadora
São Paulo
SP
19/03/2012 Concordo em tudo com o Lalas e mais ainda com o Daniel Salvador. Se todos esses esforços fossem feitos em torno de uma campanha institucional para a bebida vinho, todos, absolutamente todos, iriam se beneficiar de uma maneira impressionante! Isso seria atitude de gente INTELIGENTE!

Como diz o Jorge Lucki, os produtores brasileiros que estão usando de lobby para aprovarem esse absurdo, são é muito BURROS. Produtores e importadores do mesmo lado seria, sem duvida, um grande ganho para os consumidores que teriam cada vez mais produtos melhores com preços justos.
Conhecendo novas castas - Greco Guilherme Faltz
Sommelier / Restaurante Il Perugino
Petrópolis
RJ
19/03/2012 Olá Oscar,

Vale a pena experimentar o Greco di Tufo da Villa Raiano.

Pois é, Guilherme, eu conheço e gosto, mas infelizmente ele ficou de fora da minha lista por custar mais de 100 reais.

Abraços, Oscar
Zot Wine & Gastrobar Iris Coelho Martins Pedreira
Médica
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Ô lugar surpreente! Muito aconchegante, com cardápio maravilhoso, e tudo feito no detalhe e capricho. Parabéns!

Bjs,
Iris
Degustação na Capital Federal Abilio Cardoso
Dentista e enófilo
Brasília
DF
19/03/2012 Oscar, noite memorável. Você, como amante dos brancos esqueceu de comentar os tintos.

Grande abraço e retorne a Brasília mais vezes.

Abílio, muito bom conhecer você pessoalmente, afinal. Voltarei ao Planalto Central sempre que for convidado. Foi uma noite especial.

Eu não me esqueci dos tintos, não, pois até falei do esloveno. Mas não quis falar individualmente de cada para não alongar muito o texto. Os leitores já acham que eu escrevo demais...

Abraços e até a próxima! Oscar
Em defesa do vinho brasileiro Paulinho Gomes
SBAV-Rio
Visconde de Mauá
RJ
19/03/2012 Meu amigo Oscar,

Realmente eu já lí duas vezes os seus argumentos, mas não posso concordar em nada. Todos nós somos favoráveis a indústria brasileira e, em se tratando do vinho, como você bem foca sobre o incentivo do governo francês aos seus produtores, ao invés de criar uma reserva de mercado os grande produtores deveriam lutar para que houvesse redução de impostos.

Só para te lembrar, a Salton é fornecedora dos vinhos consumidos no Palácio do Planalto e da Igreja católica. Portanto, tem um bom relacionamento com quem pode fazer ..

O Lalas foi lúcido e brilhante ...
Em defesa do vinho brasileiro Eliane Vasconcellos
Enófila e economista
São Paulo
SP
19/03/2012 Muito bem Lalas. Você escreveu o que muitos de nós pensamos. E é bom enfatizar: estamos entusiasmados e defendendo o vinho nacional, não só por ser nacional, mas pela boa qualidade que tem apresentado. Qualidade que torcemos para que se amplie mais e mais.

Oscar, Parabéns. Como sempre o site participando construtivamente dos debates. Há vinhos nacionais, incluso de grandes produtores nacionais, que gosto muito e divulgo.

Abraço,
Eliane Vasconcellos
Em defesa do vinho brasileiro Mike Taylor
Consultor em vinhos
México
México
19/03/2012 Prezado Oscar

Há um tempão que por falta de tempo, e devido a minhas ocupações na língua do Cervantes, não tenho acompanhado seu site.

Gostei de ver você usar o termo pornográfico para os lucros desmedidos... eu sempre entendí que muito vinho importado no Brasil tem preços pornográficos.

Achei a opiniao do sempre elegante Sommelier Cleverson, uma joia.

E a opiniao sempre acertada e sobria do "colego" Jose Augusto Saraiva realmente é um chamado à reflexão.

Enoabracos desde o México
Mike
www.woinos.com
Em defesa do vinho brasileiro François Sportiello
Importador de vinho Nova Fazendinha
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Oscar,

Como já lhe disse é uma guerra. Na batalha do selo não me lembro de você ter se posicionado tão claramente a favor das teses proteccionistas.

Quanto às sugestões construtivas:

A implantação de um imposto linear por garrafa é altamente anti-democrática, penaliza os consumidores menos abastados e favorece apenas os importadores de vinhos caros.

No caso de um vinho francês de custo FOB de 3,00 Euros o imposto de importação atualmente de 27% aumentaria 5,25 vezes se a taxa fixa fosse fixada em 10 R$.

3,00 Euros x taxa : 2,35= R$ 7,05x 27%= R$ 1,9035
O valor sugerido de 10R$ de taxação fixa representa portanto 142% do valor do produto.

Para um container de 12 000 garrafas e 84 600 R$ de custo FOB o imposto de importação somaria 120 000 R$.

Teríamos que importar apenas vinhos com custos FOB acima de 15,74 Euros / R$ 37,00. Ou sejá não mudaria nada apenas para os vinhos atualmente vendidos em torno de 150 R$ e acima.

Foi implantado pela Alfandega há dois anos, algúem lá adorou a ideia, e foi cancelado em 2 dias, após intervenção do Itamaraty que representou que o Brasil esta inserido num contexto de acordos comerciais , tendo portanto obrigações e deveres com seus parceiros internacionais.

Meu caro François, o valor de 10 reais não foi uma sugestão, mas apenas um exemplo. Nunca importei ou comercializei vinhos para ter a autoridade de sugerir um valor ou outro, mas acredito que as pessoas envolvidas nesse comércio poderiam chegar a um valor que afetasse apenas os vinhos importados de baixa qualidade que enchem as prateleiras dos supermercados.

Oscar
Em defesa do vinho brasileiro Marco Aurelio Motta Pinto Guedes
Importador
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Caro Oscar,

Só para ilustrar a diferença entre importação no Brasil e EUA, a taxa que um importador paga nos EUA para um vinhos da Europa é de míseros 2% enquanto aqui pagamos 110%.

Não preciso nem comentar o custo Brasil (burocracia e ineficiência e câmbio). Além disso, quando um importador vende seus vinhos no mercado (no meu caso o Rio de Janeiro) paga-se ainda 40% em imposto (25% ICMS, 1% Imposto da pobreza, 3% Cofins, 0,65% PIS, 8% de IR e 4% de CSSL).

Quem mais ganha nesse mercado é o governo.

Abraços,
Marco Aurelio
Zot Wine & Gastrobar Márcio Martins
ZOT Gastrobar
Rio de Janeiro
RJ
19/03/2012 Em nome do ZOT quero agradecer a todos pelas palavras carinhosas.

Parabéns ao Oscar pelo belo trabalho que vem realizando no EnoEventos.

Aproveito para informar que na próxima semana receberemos uma máquina winekeeper, para vinhos em taça.

Abraços
Conhecendo novas castas - Greco Eugênio Oliveira
Enófilo
Brasília
DF
19/03/2012 Oscar, o Greco di Tufo do Benito Ferrara que a Vinci vende é fora de série. Esse postado aqui é o básico e já é muito bom. O top chamado Riserva Cinogna é excepcional, mas acho que a Vinci não está mais trazendo. Custava 59.50 dólares na safra 07.
Em defesa do vinho brasileiro Rafael Mauaccad
Enófilo
São Paulo
SP
19/03/2012 Oscar,

Não será de difícil previsão quais decisões serão tomadas pelas autoridades constituídas: todas estarão lastreadas no desenvolvimento industrial do pais. O resultado líquido da criação de postos de trabalho em 2011 foi ZERO! É na indústria onde se encontram bons empregos e salários, e esta não foi capaz de absorver os milhares de jovens que entraram no mercado. Renda e trabalho são os principais objetivos dos governantes.

Reproduzo parágrafo final do artigo publicado hoje no jornal O Estado de São Paulo, de Marcelo Paiva Abreu - Doutor em Economia pela Universidade de Cambridge e Professor Titular no Departamento de Economia da PUC-Rio:

"É fato sabido que o conceito de vantagens comparativas transita com mais dificuldade em Brasilia, mas a atual política comercial brasileira beira o ridículo. Estamos regredindo com grande empenho. É preciso olhar para o futuro e não repetir o que houve de pior no passado".

Peço postar nesta materia meu comentario de 16/03 publicado na Tribuna Fermentada, que versa sobre o tema.

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O Brasil está vivendo um grave processo de desindustrialização motivado pelo câmbio sobrevalorizado, avalanche de importações, taxas de juros elevadas, incentivos fiscais a importações, além do sistema logístico ineficiente, o alto custo da energia e a alta carga tributária. O governo eleito tem o poder para corrigir estas distorções, promovendo o equilíbrio da igualdade de oportunidades entre os agentes econômicos. Para tanto deve romper com a atual política industrial, tomando as medidas necessárias para a desoneração das folhas de pagamentos, a queda dos juros a níveis internacionais, a adoção de mecanismos de compensação à sobrevalorização cambial, a redução do preco da energia eletrica, o estímulo às exportações e o aumento de crédito para investimentos. Com estas implementações, o setor vinícola poderá prescindir das salvaguardas comerciais, da majoração da alíquota do imposto de importação incidente sobre vinhos e outra restrições, para alcançar a médio prazo o nível de competitividade necessário para disputar posição com os demais agentes do mercado. É chegada a hora de mudanças de paradigmas!
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Abraços,
Rafael
Em defesa do vinho brasileiro François Sportiello
Importador de vinho Nova Fazendinha
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 10 R$, por coincidência, foi o valor estipulado quando a SRF tentou implementar esta medida. Como disse, foi revertido em 2 dias após intervenção do Itamaraty.

Quanto aos vinhos baratos posso afirmar que nem todos são de má qualidade, além disto tem seu publico e ninguém tem o direito de fechar a porta para este grupo de consumidores, eles irão evoluir para vinhos melhores quando a sua situação económica o permitir.

By the way, 30 anos depois, onde estão os uisques brasileiros?

Acho que os uísques brasileiros devem estar no mesmo ralo em que se encontra a agricultura francesa... Oscar
Em defesa do vinho brasileiro Julio Ribeiro
Publicitário
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Senhores,

Apenas mais alguns comentários:

1 - É incrivel o número de pessoas aqui legislando em causa própria.

2 - Apesar de já citado algumas vezes, estes mesmos profissionais/comentaristas, parecem não ler, não ouvir e principalmente, não falar sobre a imensa quantidade de vinhos de péssima qualidade importados (por quem?) de origens diversas como Chile, Argentina e tantas outras mais.

3 - É grande a minha utopia em pensar que muitos possam se preocupar com a melhoria do consumo de vinho em nosso país. Afinal isto é um negócio. UMA GUERRA!!! (como já citado aqui) E o único objetivo é o lucro.

4 - Lamento apenas pela massa, que aponta seu nariz na direção da manada, sem ao menos pensar se aquele é o melhor caminho ....

Triste ... mas esta é a realidade!!

Abs
Degustação na Capital Federal Sueli Maestri
Advogada / Confraria Amigas do Vinho de Brasília
Brasília
DF
20/03/2012 Caro Oscar,

Pelas considerações dos participantes tenho convicção de que foi uma noite memorável, porém, devo registrar meus protestos por não ter sido convidada. Assim não vale! Da próxima contem comigo!! Rsrs...

Abraços
Zot Wine & Gastrobar Luiz Fernando Pereira
Auditor Fiscal
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Eu diria que as Comidinhas do maravilhoso Cardápio realmente não se sobrepõe aos bons vinhos da Carta mas convivem em igualdade de condições e em perfeita harmonia neste excelente Winebar!

Parabéns ao casal Márcio e Andrea pelo excelente ZOT!
Proteção sem limites Reinaldo Paes Barreto
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Artigo lúcido, sereno e ... definitivo.

Seria uma "sovietização" do mercado do vinho aumentar o imposto sobre o produto importado. Além de não resolver o problema do vinho fino brasileiro que, por exemplo no Rio, paga 27% de ICMS para ser comercializado -- portanto se queremos apoiar a indústria nacional deveríamos rever essa alíquota -- afetaríamos em cheio uma atividade que vai muito além da garrafa e do copo. Ela roda uma roda que move sommeliers, restaurateurs, turismo, consumo, publicações, blogs, aulas, conferências, etc.

Vamos pra luta, Ciro!
Em defesa do vinho brasileiro Mauro Raja Gabaglia
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 O que pouco se falou é a proposta apresentada pelo Ministério da Agricultura de que o rótulo frontal do vinho importado tenha expressões em português. Esse seria o golpe mais mortal nas vinícolas européias tradicionais, que imagino iriam preferir não exportar para o Brasil, a ter que modificar seus centenários rótulos exclusivamente para o mercado brasileiro.
Em defesa do vinho brasileiro Darci Dani
Enólogo
Flores da Cunha
RS
20/03/2012 Gostaria de fazer um pequeno comentário sobre o Selo Fiscal. Nós já percebemos um grande efeito no mercado por causa desta medida; o vinho engarrafado na origem cresceu no ano passado quase 30% e para contestar os que pregavam que o vinho aumentaria seu preço por causa do Selo Fiscal, aqui em Caxias do Sul tem vinho importado, selado, sendo vendido ao consumidor final por R$4,33 (quatro reis e trinta e três centavos).

Sobre as Salvaguardas pedidas ao Governo Federal, podemos afirmar que a nossa intenção é tentar impedir a entrada de vinhos de baixa qualidade a preços aviltados, impondo quotas aos países que querem mandar vinhos para o Brasil.

Penso como o Daniel que devemos juntar esforços para aumentar o número de consumidores de vinho no Brasil, pois o consumo per cápita de vinho no nosso País está abaixo do consumo mundial, portanto existe muito espaço para crescermos este mercado.

Um grande abraço a todos.
Em defesa do vinho brasileiro Eduardo Amaral
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Excelente análise do Sr François Sportiello.

Muito já foi dito e repetido. Ode aos vinhos importados que chegam baratos por aqui, já que pouquíssima opção tupiniquim temos. Fora Almadén, Salton Classic e Aurora varietais, o que há por menos de R$15? Algum outro nacional razoável nessa faixa de preço?

O que seria do brasileiro médio que decide de aventurar no mundo dos vinhos, mas tem orçamento limitado? Vai pro vinho de garrafão? Para as cervejas? Ou para os "Santa"? Qdo vou a casas de amigos ou parentes que pouco sabem de vinhos, mas puxam uma garrafa de Santa Helena ou do novo Almadén, a sensação de alívio é imediata, pois temia pelo pior: vitis lambrusca.

Enquanto não haja condição econômica para evoluir à próxima categoria, e conhecimento / "educação" do gosto, é aí onde estará parcela significativa do consumo nacional.

Para quem quiser comparar o caso atual ao exemplo francês citado pelo Oscar, vale a leitura desse artigo da BBC News (em inglês).

Att.
==
Eduardo
Em defesa do vinho brasileiro Tuxaua Linhares
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Em minha opinião, os fatos não estão bem definidos, nessa discussão no que diz respeito à utilização de uvas não viníferas na produção de vinhos.

1) A casta de uva Isabel (Isabella, para os seus criadores) não pertence à espécie Vitis Americana. Ela é tanto Americana quanto Vinífera, pois resulta de uma intrincada hibridação, em várias etapas, da qual participam, igualmente, estas duas espécies do gênero Vitis. Ela é uma casta híbrida.

2) O teor de metanol presente nos vinhos, depende diretamente da maceração e da duração da fermentação alcoólica. É bom deixar claro que o metanol, embora mais potencialmente presente nos vinhos de híbridas, está presente em todos os vinhos, assim como o glicerol e outros alcoóis. Nosso consolo é que se o consumo de vinho for exagerado, morreremos envenenados pelo etanol, muito antes de sentir qualquer dano devido ao metanol . É óbvio que não estou considerando aditivos. Na Áustria houve um seríssimo desastre, há alguns anos atrás, com mortes, devido ao aditivo usado, com o intuito de elevar o teor alcoólico.

3) Erradicar vinhedos de híbridas em favor das viníferas depende, obviamente, de cada caso. Esta conversão está se processando naturalmente, basta observar a quantidade de novas marcas de vinhos finos, surgidas recentemente, nos estados do Sul. Não devemos, no entanto, depreciar a uva Isabel. Lá mesmo, no meio do Vale dos Vinhedos existe uma indústria de sucos e concentrados de uvas (Isabel e Ives), a Tecnovin (www.tecnovin.com.br), cujo produto, no barato, deve equivaler à produção($$) total das vinícolas deste vale!

4) Dizer que a concorrência dos chilenos e argentinos aos nossos vinhos afeta o segmento dos vinhos de mesa, não está correto. A diferença de preço é muito grande. Quem sofre mesmo é o segmento dos vinhos finos. Porque esta fixação no vinho de mesa, como representante do vinho brasileiro ? Nós temos vinhos muito bons. Estive, muito recentemente, na Serra Catarinense para, entre outras coisas, visitar a Villa Francioni. Já conhecia os vinhos do Orgalindo Bettú, por isso nenhuma surpresa, os vinhos continuam ótimos. A surpresa ficou por conta da Pericó, Quinta Santa Maria e Sanjo que estão produzindo belos vinhos.

Aqui no cone sul, pelo que me consta, apenas o Uruguai tem a Isabel, que eles chamam de Frutilla. Chile e Argentina parecem não terem esta casta, mas eles tem, respectivamente a País e a Criolla (com duas variedades). Estas castas, mais a Mission californiana, são descendentes das primeiras vinhas trazidas pelos espanhóis. Como, desde aquela época até tempos mais recentes, não havia muito controle sobre os vinhedos, não deve ser grande surpresa se tiver havido miscigenação entre espanholas e americanas. Até hoje, aqui no Rio, só vi dois vinhos, um argentino e o outro chileno declarar no contra rótulo a contribuição destas castas, no corte do vinho. Curiosamente o argentino, ao invés de citar “Criolla” citou “Mission” (deve ter achado mais elegante).

Abraços,
Tuxaua
Zot Wine & Gastrobar Lilian Boden
Consultora de vinhos
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 O ZOT é uma graça; muito bem colocada sua opinião neste caso, Oscar, tem tudo para ser uma casa de sucesso. Estilo, bom preço, qualidade e serviço.

Parabens, Marcio. Enoabraços.
Em defesa do vinho brasileiro Lilian Boden
Consultora de vinhos
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Parabéns pela iniciativa, Lalas, muito bem colocadas as questões e suas razões.

Vamos em frente, total apoio!

Bj
Em defesa do vinho brasileiro Carlos Reis
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Caros,

Fico triste que, por conta da paixão pelo tema, sejam feitos comentários que, ao defender uma dada posição, acabem por veicular ataques pessoais, muitos sem qualquer argumentação mínima, o que, convenhamos não combina nada com pessoas apreciadoras de bebida tão elegante como o vinho. Liberdade de manifestação de pensamento em uma democracia não é apenas veicular livremente nossos pensamentos, mas sim TOLERAR opiniões contrárias às nossas, que nos incomodam em muito, nos revoltam até. Esse é o grande teste democrático.

Li todos os comentários e diversos posts, cartas, documentos sobre o tema. Não consigo ver razão, com todo o respeito, nos argumentos da IBRAVIN e cia. Essas medidas “protetivas” da indústria vinícola nacional acarretarão grave retrocesso, não na venda de vinhos importados no Brasil, mas sim na cultura do vinho que, ano a ano, vem se firmando entre nós, apesar dos preços altíssimos, sem precedentes no mundo, e decorrentes não só de pesada carga tributária mais sobretudo da nossa burocracia e da ganância de muitos.

Acarretarão tais medidas, junto com outras pretéritas (selo fiscal) e futuras (rótulo frontal com dizeres em português) uma má vontade do consumidor com o vinho brasileiro, e já estão acarretando, pelo menos comigo. Muitos dos defensores das “medidas protetivas” da indústria nacional do vinho insistem em generalizar e dizer que o brasileiro não sabe beber bem, o que é ainda mais preocupante, já que cada um, em sua individualidade, tem seu próprio gosto.

E são esses mesmo defensores que parecem querer ser nossos "curadores" na busca por vinhos melhores, segundo eles, impondo o padrão que entendem o “melhor”, no caso, ao que parece, o dos vinhos brasileiros.

A medida, antes de representar uma ameaça ao bolso de nós consumidores, é sobretudo um verdadeiro atentado à nossa liberdade de escolha, aos nosso individualismo, um desrespeito ao nosso “gosto” pessoal. Uma sociedade que se diz democrática não pode deixar que um segmento politicamente forte possa se sobrepor sobre os demais, aniquilando individualidades. Vinho é cultura, e uma sociedade realmente democrática deve saber ser multicultural.

Por isso assinei a petição eletrônica mencionada no post e no primeiro comentário. Leva só um minutinho.

Saudações e paz a todos.
Carlos Reis
Proteção sem limites Lilian Boden
Consultora de vinhos
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Parabéns, realmente esta declaração mostra como se posicionam as Empresas que construiram e conquistaram o mercado com vinhos qualificados e preços corretos.

Em algum momento deve-se pensar que temos trabalho, existe um mercado crescente com muito potencial pela frente, mas que tudo isso pode desabar por conta de uma atitude impensada de governantes que optam por aumentos de impostos por ser este o caminho mais fácil e viciado no Brasil.
Proteção sem limites Julio Ribeiro
Publicitário
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Senhores,

Esta é mais uma discussão sobre o mesmo tema.

Continuam as esplanações sobre os interesses próprios, enquanto o tema principal é simplesmente ignorado pelos senhores.

Quando deixaremos de lado a guerrra entre produtores nacionais e importadores e passaremos a guerra contra o consumo de produtos de baixíssima qualidade, seja ele produzido aqui ou importado? Já li neste site a opinião de diversos importadores apregoando a falta de qualidade do vinho nacional. Entretanto, não encontrei sequer um comentário destes mesmos importadores, falando da quantidade exorbitante de vinhos "meio seco", de qualidade duvidosa importados (por quem mesmo?) para o Brasil e oferecidos por todo o país.

Como cita o Paes Barreto, a importação de vinhos gira uma roda viva, que alimenta sommeliers, restaurateurs, turismo, aulas, palestras, consultores e tambem jornalistas. Sendo assim, pergunto: Quem há de morder a mão que vos alimenta?

Caro Paes Barreto, tambem estou ansioso para ir a luta, entretanto, proponho que o façamos juntos e pelos motivos certos: Vamos a luta contra o vinho ruim, seja ele nacional ou importado. E também contra o vinho caro, seja qual for sua nacionalidade.

Isto é para quem quer a melhoria do consumo no Brasil, mas não para quem quer o lucro a todo custo ...

Reflitam ...
Proteção sem limites Luiz Carlos da Nóbrega
Ex-comerciante de vinhos e enófilo
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Durante os 15 anos que trabalhei com vinho no Brasil, como representante, importador, distribuidor e divulgador do vinho, não tive o prazer de conhecer o autor desse artigo sobre a lamentável situação em que se encontra o mercado brasileiro na atualidade: reserva de mercado, selo fiscal, aumento dos impostos de importação (já absurdos).

Nada a acrescentar a seus serenos argumentos, em prol da liberdade de mercado, para que o consumidor possa escolher o melhor pelo melhor preço justo. Parabéns ao EnoEventos por dar guarida a esse debate.

Luiz Carlos da Nóbrega.
Toro, terra de força Marlene Alves de Souza
Sommelière
Rio de Janeiro
RJ
20/03/2012 Caro Oscar,

Os vinhos de Toro já são apreciados por nós, brasileiros, todos de um padrão muito elevado. Foram injustiçados com um público tão restrito.

Uma ótima cata com o excelente Marcelo Copello.
Toro, terra de força Eugênio Oliveira
Enófilo
Brasília
DF
20/03/2012 Oscar, apesar do alvo ser importadores, aqui em Brasília o público prestigiou enchendo o salão do restaurante Bela Sintra. Há de se observar que o salão era menor que o do Rio mostrado na sua foto, porém muito aconchegante e acolhedor. Talvez o salão aí do Rio tenha sido superdimensionado.

Ótima postagem em que você não deixou escapar nada. Informações que deixei de colocar na minha: irrigação proibida, 3 metros de distância entre as fileiras, denominação recente (1987) e a curiosa história do vinho clonado. Será que a Vinhos do Mundo não fará um "queimão" dos Rosum? Você sabe dizer qual deles corresponde ao Rejadorada Bravo? (esse foi um dos destaques aqui em Brasília)

É, eu gostei muito do Bravo, também! A linha clonada é composta por Joven, Roble, Crianza e Cepas Viejas Seleción Privada. Pelo jeito, o Bravo deve ser esse último que tem o nome mais pomposo. Abraços, Oscar
Toro, terra de força Eduardo Amaral
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
21/03/2012 Caro Oscar.

Parabéns ao Copello e demais organizadores do evento.

Fica a dúvida se essa quase total restrição à Tinta de Toro é coisa recente, pois a Piedra tinha ao menos 1 vinho (safra 2004) com 25% de Garnacha e que está registrado na D.O. Algumas outras me contaram que sim, possuem vinhos com predominância em Garnacha, mas o vendem como Vino de la Tierra de Castilla y Leon...

Att.
--
Eduardo

Eduardo, eu entendi o seguinte: para ser Toro qualificado (Joven, Crianza, Reserva, Gran Reserva e Roble) é que se aplicam essas restrições. Para ser simplesmente Toro, as proporções entre Tinta de Toro e Garnacha são flexíveis. Abraços, Oscar.
Conhecendo novas castas - Greco Leandro Campos
Consultor de Vinhos - World Wine
São Paulo
SP
21/03/2012 Oscar, na World Wine trabalhamos com a famosa Feudi di San Gregorio, maior nome da Campania. O Greco di Tufo 2010 está em R$ 99,00.

Abs

Leandro, é uma pena, pois mais uma vez os vinhos da World Wine ficam de fora das recomendações por causa do site desatualizado... Abraços, Oscar
Zot Wine & Gastrobar Duda Zagari
Confraria Carioca
Rio de Janeiro
RJ
21/03/2012 Muito bom! A dupla Márcio e Ciça está de parabéns!

PS: Muda a foto do Márcio... coloca uma de olho aberto... hehehe
Proteção sem limites Rafael Mauaccad
Enófilo
São Paulo
SP
21/03/2012 Sr. Ciro Lilla,

O senhor advoga em benefício próprio ao divulgar esta carta aos seus clientes e aos meios de comunicação. De um lado como representante do comércio de vinhos importados, elenca quesitos de defesa contra os reclames da indústria vinícola brasileira, e de outro lado como industrial paulista escuda-se nas solicitações da FIESP-Federação das Indústrias do Estado de São Paulo junto ao Governo Federal, quanto as medidas para reequilíbrio da competitividade da indústria brasileira, com a ruptura da política industrial vigente, estas também solicitadas pela industria vinícola nacional, que parcialmente as reproduzi em meus comentários neste portal.

Para conhecerem a Cia. Lilla de Máquinas Ind. e Com, em que Sr. Ciro Lilla é Presidente, clique aqui.

Sr.Ciro Lilla, não dá para pedir a benção a Deus e ao Diabo juntos e ao mesmo tempo!!

Saudações, Rafael
Em defesa do vinho brasileiro Nelton Fagundes
Sommelier
Belo Horizonte
MG
22/03/2012 Pessoal,

Confesso que não vejo o Boicote como a solução.

Leio atento todos os assuntos aqui apresentados! Como sommelier profissonal e habitante de um país que produz vinhos, vejo mais do que necessário que os principais profissionais da área indiquem e tenham vinhos do nosso país em suas cartas, lojas, cafés, etc... E vou mais a fundo, cansei de discutir (no sentido de melhorar, não de brigar) com proprietários e sommeliers de restaurantes que não tinham sequer um espumante Brasileiro em suas cartas.

Sempre que vou completar a adega de amigos ou faço sugestões, sempre sugiro vinhos Brasileiros. Não há dúvida que a maior parte é, e vai ser por um grande periodo, de vinhos importados, isso é fato. Mas com paciência e trabalho sério, os enófilos com a mente aberta, vire e mexe sempre vão prestigiar os vinho de nosso país. Paciência e trabalho, vinho é isso.

O que está por vir é uma covardia com Viticultores sérios e apaixonados. Lamento e muito essa triste e trágica atitude de nossos mal intencionados governantes. Mas eu não sei se boicotar é a solução, acho que o vinho feito no Brasil, precisa de mais tempo, para aprender, errar e acertar, talvez daqui a alguns anos sentiremos melhoras, aliás já temos muita coisa boa, que não vou citar aqui.

O problema é que aqui é tudo errado; por que não fazer como o Chile, se unir a produtores experientes, e fazer vinhos a quatro mãos tipo franceses com brasileiro, italianos com brasileiro ou com marketing em diversas áreas da midia. Escolheram o caminho mais injusto, mais covarde, e aí estamos aqui debatendo.

Confesso que o não vejo o Boicote como a solução.

'Fazer vinho é facil, difícil são os primeiros 400 anos'. Isso é, se eles não acabarem com tudo antes.

Abraço a todos.
Nelton
Proteção sem limites Frank Tenorio de Almeida Costa
Enófilo - ABS
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Os preços dos vinhos importados no Brasil já são um absurdo por conta de taxas e impostos. Exemplos: Vinhos que custam entre 10 e 15 euros na Espanha, não saem por menos de 100 reais aqui.

Abaixo o protecionismo. Que adquiram qualidade e competência para se tornarem competitivos.

Att.,
Frank Tenorio
Proteção sem limites Danton Souza
Empresário e enófilo
Niterói
RJ
22/03/2012 Prezados,

A conclusão é muito simples: o vinho nacional, salvo algumas exceções, ainda não atingiu o grau de excelência de muitos vinhos europeus (principalmente) e de alguns produtos Chilenos e Argentinos. Isto é um fato.

Outro ponto importante é a tributação, que torna nossos vinhos caros, pelo que oferecem se comparados com alguns importados de mesmo nível. É mais facil, pressionar o Governo por salvaquardas/cotas, alegando que a Indústria Brasileira vai mal por causa da importação, do que batalhar para redução dos impostos, melhorar a qualidade e aumentar a competitividade. E, mesmo assim, a Indústria cresceu.

Vocês sabem que temos salvaguarda para o Coco ralado?? Isso é sério ou não? Vamos trabalhar pessoal, vamos melhorar o nível, reduzir custos e aumentar a competitividade e, democraticamente, deixar que os amantes do vinho façam suas escolhas sem restrições.

Cordialmente
Proteção sem limites José Paulo Schiffini
Enófilo da velha guarda
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Basta! Boicote já! Boicote ao vinho Nacional! Boicote aos impostos! Paciência tem limite!

A análise serena do Ciro se completa com a análise do veterano produtor nacional, argentino de nascimento, Lona que simplesmente disse: "Erraram o foco novamente!"

Eu continuo em greve com o vinho Nacional e ontem visitei a feira que ainda ocorre no Rio Centro, NINGUEM defende tais salvaguardas Para a Indústria Vitivinícola Nacional.

Alô Adriano, Alexandre, Fabio Miolo, alô João, Juares Valduga, vocês estão calados gostando da situação? Venham a público!

Schiffini em greve com os vinhos nacionais.
Proteção sem limites Carlos Machado
Winemaker Amador - Co-proprietário da Viña Avanti
Teófilo Otoni
MG
22/03/2012 Oscar,

Como nem poderia deixar de ser, você tem oferecido um canal para o debate acalorado em torno do vinho brasileiro, ou na minha opinião, da tentativa de alguns em denegrir o vinho brasileiro.

É totalmente infeliz o importador Ciro de Campos Lilla, pois é de um parcialidade significativa. Debate não se faz de "ataques", e sim construindo pontes.

Lamento ver que muitos formadores de opinião, alguns, talvez, até de forma apressada, ou em fidelidade aos importadores, estão adotando uma posição em defesa do movimento intentado pelos importadores; afinal, o que está em jogo é sustentar os avanços que o vinho brasileiro fez e ainda fará.

O que me assusta é que todos os produtores de fora, e seus importadores aqui no Brasil, podem proteger os seus interesses, mas quando o produtor brasileiro busca a mesma proteção, ocorre a provocação de uma "guerra" ao nosso vinho.

Contudo, acredito que sairemos fortalecidos, e que fique claro, não desejamos mal aos importadores, e muito menos ao vinho, seja de qual nacionalidade for, inclusive o BRASILEIRO!

Abraços!!!
Proteção sem limites Walter Humberto Subiza Pina
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Parabéns Ciro, devemos de ter uma agenda positiva. O que temos todos que lutar é por menos impostos e mais racionais, de maneira de favorecer a indústria nacional para tornar ela mais competitiva e obrigá-la a melhorar a qualidade em relação aos importados. Assim se conquista um mercado.

Mais impostos num país cheio de impostos, que não trazem retorno algúm para o consumidor, é um absurdo. A reserva de mercado históricamente mostra que favorece apenas as grandes industrias e prejudica as pequenas e os consumidores, senão, alguém que demostre o contrário.
Proteção sem limites Robert Phillips
Representante Importadora KMM
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Leiam também a coluna "Pátria Amada" de Carlos Alberto Sardenberg na pg. 6 de O Globo de hoje (22/03).

É mais um ajudando a tentar reverter essa loucura nacionalista.
Proteção sem limites Valdiney C. Ferreira
L'Orangerie
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Caro Oscar,

Foi por puro instinto que tão logo tomei conhecimento da lista de assinaturas contra a proposta de salvaguardas em nome da industria brasileira de vinho encaminhada à Secex/Mdic, a assinei.

Os signatários da petição encaminhada ao Governo foram Ibravin, Uvibra, Sindivinho e Fecovinho, órgãos sabidamente controlados por um pequeno grupo de grandes produtores brasileiros. Nada contra, faz parte do jogo e afinal tem que defender seus interesses e seus investimentos. Fariam melhor se unissem os esforços do setor e lutassem por uma melhor classificação da bebida (benchmark com muitos países produtores) e consequente redução de impostos.

Depois de gastar algumas horas analisando o mesmo, assinaria novamente a lista pela pouca consistência das justificativas ali apresentadas. E para chegar a esta conclusão, analisei dados dos últimos 10 anos de produção, comercialização e importação de vinhos da própria Ibravin entre outros.

É uma balela afirmar que o aumento de importação de vinhos dos últimos anos afetou o mercado de trabalho da industria. Estes por serem vinhos finos representam apenas cerca de 10% da produção brasileira. A conta é simples. Não dá para aceitar este argumento.

O contrario pode ocorrer nos serviços (vendedores e representantes de importadoras, bares de vinho, lojas especializadas, etc) onde um grande contingente de mão de obra floresceu com o aumento do consumo dos vinhos finos importados que trouxeram diversificação, melhor relação qualidade-custo quando comparado ao similar brasileiro. Aqui faço uma ressalva para reforçar que competência e adequada relação qualidade-custo é reconhecida pelo mercado.

Tenho uma loja especializada e pelos números de vendas dos últimos 5 anos posso afirmar que o espumante brasileiro não precisa de salvaguardas: sozinho vende 3 vezes mais do que a soma de Champagnes, Cavas, Franciacortas e Prosseccos. O que quebra também a máxima que o brasileiro só quer consumir os importados porque é mais chique. O motivo é outro: o produto é bom e tem preço adequado. O mesmo não ocorre com os vinhos tranquilos nacionais e acredito que não ocorrerá com proteção do mercado: está com preço inadequado para a sua qualidade. Já insisti muito colocando-os em destaque nas prateleiras, mas os consumidores não os compram acarretando um giro tão ruim que reduzimos sua participação a alguns poucos que fogem a esta regra.

A questão da similaridade (vitis-vinífera e embalagens) com o produto nacional então é sofrível. Vinho é qualidade, característica, estilo, local de origem. O que está do lado de fora como embalagem não tem nada de similar com o que está dentro. Espero que pelo menos os Enólogos destas empresas alertem os proprietários para este erro básico no posicionamento do produto. Não teríamos escala para competir na similaridade e sim na diferença de nosso terroir vitícola. Nunca vamos ganhar de Chile e Argentina nesta linha de conduta.

Ressalto aqui um dado positivo no documento que é a reestruturação do segmento de vinhos finos visando redução nos custos de produção. Apesar de positivo é coisa de "cachorro grande" porque envolve grandes investimentos em máquinas e equipamentos o que deixa de fora os pequenos que produzem a diversidade tão vital para a cultura e a graça do vinho.

O documento é longo, chato, mal elaborado e tem outras argumentações frágeis. Mas, fico por aqui na análise do conteúdo.

Fiquei triste com o posicionamento do EnoEventos. Não é com reserva de mercado que o tão desejado desenvolvimento da industria brasileira de vinhos e consequente aumento do mercado consumidor acontecerá. Vai atrasar como já vimos ocorrer em outras industrias. Estão aproveitando uma momento da conjuntura econômica mundial para proteger suas incompetências.

Abraços
Em defesa do vinho brasileiro Carlos Machado
Winemaker Amador - Co-proprietário da Viña Avanti
Teófilo Otoni
MG
22/03/2012 A que ponto chegamos: em troca de comentários, ALEXANDRE LALAS responde ao MIGUEL A. V. ALMEIDA, e "ameaça" não mais comprar o vinho brasileiro!

Que país é este?

Matam nosso povo lá fora, nos dão com o pé no traseiro, nos tripudiam, subsidiam o vinho para prejudicar nosso produto, e ainda há uma legião de brasileiros a sustentar uma "guerra" ao VINHO BRASILEIRO.
Proteção sem limites Rafael Mauaccad
Enófilo
São Paulo
SP
22/03/2012 Oscar,

Não poderia deixar de postar o desabafo publicado pelo jornalista Luiz Horta em sua página do Facebook, com a chamada "Produtor de vinho brasileiro não é bandido".

"Antes de viajar preciso escrever algo que tem me incomodado na história das salvaguardas. Produtor de vinho brasileiro não é bandido, nem o vinho nacional é intragável. O que vi no sul foram famílias, na sua quarta geração de colonos italianos que construiram cantinas e conseguiram, muitas vezes contra a vontade dos mais velhos, erradicar híbridas e plantar uvas finas, investir e fazer vinhos, primeiro bons, atualmente de nível médio e alto.

Sou contra aumento de preço de vinhos, quaisquer vinhos, e quem gosta de imposto é o governo e os que lucram com sua sombra. No Paladar de amanhã minha posição está esclarecida de modo bem claro. Mas todo mundo que urra brasil!!! batendo no peito em qualquer partidinha vagabunda de futebol, agora é inimigo do produto nacional e fica festejando posições e boicotes que não são motivo algum para orgulho.

Muita gente que recentemente estava em todos os convescostes, bocas livres e almoços das vinícolas nacionais, elogiando aos mesmos Miolos, Saltons, Valdugas, Dal Pizzols e todos os demais, pedindo amostras, patrocínios e anúncios, amando os seus lançamentos, hoje odeia esses produtores e despreza seus vinhos. Foram-se os tapinhas nas costas interesseiros.

Pressão sobre o governo, ótimo, estou junto. Não rotundo para salvaguardas e protecionismos, idem, somo minha voz. Vamos pressionar. Mas cara de pau, falsidade na louvação, desonestidade intelectual, estou fora. Um pouco de coerencia, por favor.

Ando envergonhado desta época obscura, macartismo do bananal. O vinho brasileiro está bom e os produtores não são criminosos. Usaram o poder político de pressão que tinham, como usam os importadores, os comerciantes, os industriais, os banqueiros e nós, o povo. Foram mais eficientes, ou o poder público viu nisso chance de ganho de capital político, mas nada foi feito fora do legal. Não é ilegal pressionar o governo, tanto que estamos pressionando de modo contrário.

Dito isso, posso voltar a dormir tranquilo sem me sentir um patife."
Proteção sem limites Carlos Machado
Winemaker Amador - Co-proprietário da Viña Avanti
Teófilo Otoni
MG
22/03/2012 Gol de letra para o importador CIRO LILLA!!! Vejam a dimensão que as coisas estão tomando...

Oscar, o que tá acontecendo? É um absurdo!!!

Transcrição integral:

"Como falei em meu post anterior, a Salvaguarda já está prejudicando muito o vinho brasileiro. Acabo de ver na página do Facebook de Roberta Sudbrack, uma das maiores Chefs do país e dona de um dos restaurantes mais apreciados e respeitados do Rio de Janeiro, o anuncio que retirou rótulos de algumas vinícolas nacionais da carta de seu restaurante.

Veja o seu comentário na página: “Sobre as vinícolas que apóiam a salvaguarda por enquanto sabemos dessas: Miolo, Salton, Aurora, Aliança, Don Giovanni, Valduga, Dal Pizzol. Da carta de vinhos do RS foram retirados os da Casa Valduga e Dal Pizzol… Mantidos os vinhos da Vallontano, Angheben e Cave Geisse. Minha torcida para que o bom senso impere e possamos um dia voltar a trabalhar com todas as vinícolas brasileiras que fazem um bom trabalho e tratam o consumidor com respeito”.
"
Proteção sem limites Alejandro Maglione
Periodista enogastronomico
Buenos Aires
Argentina
22/03/2012 Es extraordinario leer esto escrito por un amante del vino brasilero. Argentina se está cerrando apresuradamente y todos los amantes de los buenos vinos no paramos de lamentarlo.

Nuestros vinos son lo que son porque en los '90 la libertad de importación absoluta nos permitió saber lo que eran los grandes vinos... que no eran los nuestros. Hoy, Argentina que exportaba 5 millones de dólares por año, exporta un billón. Hace falta hablar más de las ventajas de permitir la libre importación?
Proteção sem limites Pedro Esteves
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Um dos grandes problemas, que os defensores da salvaguarda apontam, é a inundação de vinhos baratos de baixa qualidade que tiram os vinhos brasileiros da jogada. Quer dizer, são os RESERVADOS da vida que acabam com a competitividade dos nossos SELEÇÕES e etc. (que são muito melhores que aqueles).

FAÇO A SEGUINTE PROPOSTA (que obviamente é mutável e contem erros): Uma taxa para vinhos importados que hoje custem até 25 Reais no Brasil. Seria acrescido um valor de 10 a 20 Reais neles. Ou seja, se tornariam vinhos caros para a população que os consomem, levando os a ter que compara vinhos nacionais de maior qualidade e, dessa forma, resolveríamos dois problemas: o lucro das vinícolas brasileiras aumentaria (o que é bom para o Brasil) e iniciaríamos um processo de EDUCAÇÃO do paladar do povo para vinhos de mais refinamento e qualidade (no futuro, quem sabe, até o “vinho” de garrafão deixe de ser o maior consumo)

Abraços
Em defesa do vinho brasileiro Carlos Machado
Winemaker Amador - Co-proprietário da Viña Avanti
Teófilo Otoni
MG
22/03/2012 A que pontos chegamos - Parte II

"Roberta Sudbrack retira rótulos de vinícolas brasileiras de seu restaurante"

Como falei em meu post anterior, a Salvaguarda já está prejudicando muito o vinho brasileiro. Acabo de ver na página do Facebook de Roberta Sudbrack, uma das maiores Chefs do país e dona de um dos restaurantes mais apreciados e respeitados do Rio de Janeiro, o anuncio que retirou rótulos de algumas vinícolas nacionais da carta de seu restaurante.

Veja o seu comentário na página: “Sobre as vinícolas que apóiam a salvaguarda por enquanto sabemos dessas: Miolo, Salton, Aurora, Aliança, Don Giovanni, Valduga, Dal Pizzol. Da carta de vinhos do RS foram retirados os da Casa Valduga e Dal Pizzol… Mantidos os vinhos da Vallontano, Angheben e Cave Geisse. Minha torcida para que o bom senso impere e possamos um dia voltar a trabalhar com todas as vinícolas brasileiras que fazem um bom trabalho e tratam o consumidor com respeito”.
Em defesa do vinho brasileiro Hélio Rossi
Sommelier e Chef de Cozinha
São José dos Pinhais
PR
22/03/2012 Senhores,

O que realmente deveríamos estar discutido não é o movimento de salvaguarda ou boicote de vinhos nacionais e sim o reflexo cultural de toda essa conversa.

Antes de banalizar o vinho brasileiro devemos entender a dinâmica histórica cultural dessa discussão. É preciso lembrar que vivemos em um pais sem nenhuma tradição vitivinícola e que se compararmos com países Europeus, somos praticamente nada no mundo do vinho. Basta lembrar que, podemos comprar um vinho (vinhos muito bons) de qualidade em qualquer lugar da Europa e pagar por ele muito barato. O que deveríamos discutir com clareza é como nosso governo esta tratando esse assunto.

No lugar de salvaguardar os vinhos brasileiros e aumentar ainda mais os impostos dos importados o que o governo deveria fazer é exatamente o contrario. Nossos vinhos são muito caros, nossa custo produção é muito caro. Não é o vinho importado que prejudica nosso vinho, vale lembrar que se não fosse essa abertura e entrada de vinhos de fora no Brasil ainda estaríamos no século passado. Por isso, não culpemos quem nos ensinou a fazer vinho, não que não tenhamos vinhos bons no Brasil até temos produtos de excelente qualidade, mas são sempre super valorizados, para poucos.

A discussão na verdade é outra. Nunca seremos um pais consumidor de vinhos se não nos conscientizarmos de que, se não tivermos bons vinhos com custos acessíveis para a formação de novos enófilos "consumidores" nunca seremos um pais consumidor e se os produtores brasileiros continuarem pensando em produzir vinhos para alguns intelectuais e pseudos entendedores de vinho e nosso governo não olhar para os produtores e importadores com um olhar menos ganancioso, nós os consumidores, que somos o lado mais interessado, e como sempre o que menos tem voz ativa, continuaremos refém de um poder publico que só pensa em sua propria salvaguarda.
A produção de uma barrica Hélio Rossi
Sommelier e Chef de Cozinha
São José dos Pinhais
PR
22/03/2012 Fernando Miranda,

Será que permite usar esse material em aula? Ja tenho um material sobre o assunto, mas o seu é muito bom, bem completo. Parabéns!

Obrigado
Proteção sem limites Hong Lee
Administrador
São Paulo
SP
22/03/2012 Sabe o que vai acontecer se realmente aumentar a aliquota??

Para o consumidor final, NADA, absolutamente NADA. Quem vai arcar com este aumento no fundo vão ser os importadores com seus lucros pornográficos, por que além do consumo per capita no Brasil ser ridículo, o consumidor final não vai aceitar pagar mais por produtos já caríssimos. Como os vinhos argentinos, chilenos e uruguaios estão fora do aumento, veremos uma inundaçao de produtos dos nosso vizinhos.

Também nunca poderemos esquecer que o mercado de cerveja premium concorre diretamente com o dos vinhos.

Reitero, não existe espaço para aumento dos preços dos vinhos importados, mesmo que aumente a alíquota.
Proteção sem limites Marcus Ernani
Leitor
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Caro JP Schiffini,

Uma pista do verdadeiro valor e interesse que os grandes produtores nacionais dão ao mercado brasileiro e carioca que justifique as tais reservas de mercado, pode ser dada pelo questionamento que lhe faço: quantas produtoras de vinho nacional estavam promovendo seus vinhos na feira Expofood (segunda maior feira supermercadista) à qual você e eu estivemos ontem no Riocentro?

Obs: havia um espaço com mais de 20 expositores internacionais em área exclusiva, "BRASIL INTERNACIONAL WINE FAIR - MOSTRA INTERNACIONAL DE VINHOS"
Toro, terra de força Dimas Lanna
Consultor
Vitória
ES
22/03/2012 Olá Senhores.

Gostaria de comunicar a todos que os vinhos da Bodega Liberalia ja se encontram no Brasil. Importamos com exclusividade.

Para receber nossa tabela é so pedir por email: [email protected]
Proteção sem limites Jandir Passos
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Façam um lobby, aqueles que pediram "salvaguarda", para a DIMINUIÇÃO dos impostos em cima dos vinhos nacionais e apoio não faltará...
Proteção sem limites José Rios 22/03/2012 Estamos em franco processo de cubanização. As tais medidas protetivas da indústria nacional, agora relacionadas com os produtores nacionais de vinho, somente espelham a real intenção de retrocesso na agenda econômica nacional.

Em breve, somente Dom João VI poderá decretar a abertura dos portos no Brasil! Quem viver, verá!!!
Proteção sem limites Sergio Murillo Pinto
Enófilo - ABS-RJ
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Oscar

Passei a receber o EnoEventos há algum tempo, acompanho as matérias com interesse, mas ainda não havia decidido participar ativamente. A ocasião surgiu com o debate sobre as salvaguardas, que tem provocado discussões calorosas, apaixonadas e, algumas vezes, sem o necessário equilíbrio.

Tratei de ler as reportagens publicadas nas revistas semanais, as considerações da Silvia no Vinho Verde e Amarelo, sua opinião no EnoEventos e os vários comentários que se seguiram, como os do Lalas, Jandir, José Augusto, Valdiney e o longo texto do Lilla. Considero-me, pois, informado para contribuir com minha opinião sobre tema tão relevante para todos os enófilos, sem entrar nos detalhes já exaustivamente focalizados.

Creio que seria um grande equívoco adotar as salvaguardas propostas. Os produtores gaúchos, liderados pelos grandes, decidiram aproveitar a visita da presidente, seus laços com o Rio Grande do Sul, seu nacionalismo e alguns aspectos da conjuntura, como queda na produção industrial brasileira e tendência protecionista em países importantes, para defender seus interesses pelo caminho mais rápido - e equivocado (sim, Julio, todos defendem seus interesses, conscientemente ou não).

O vinho brasileiro é caro porque é fortemente tributado, a produtividade é baixa (ver O Globo, 18/3) e as condições climáticas não são das melhores. Os espumantes, em geral considerados os melhores vinhos que se fazem no país, vendem muito bem. Os bons tintos e brancos são poucos e caros, sobretudo se comparados com os argentinos, protegidos pelo Mercosul. Mesmo assim, as empresas vêm crescendo bem.

Se precisam de uma ajuda do governo para se prepararem melhor para a concorrência, por que não pedem isenção de impostos em vez de salvaguardas que serão ruins para todos? A Silvia disparou uma saraivada de críticas, em geral procedentes, mas posicionou-se claramente contra elas. Protecionismo, ingênuo embora bem intencionado, não é necessariamente a melhor maneira de defender o interesse nacional.

Sergio Murillo Pinto
Proteção sem limites Paulo Roberto Tabarelli Valente
Enófilo
São Paulo
SP
22/03/2012 Infelizmente este governo esta querendo retroceder ao inicio dos anos 90, onde havia barreiras alfandegárias protecionistas, que só prejudicavam o produtor nacional, assim como o consumidor e a competitividade da industria brasileira, ao invés de criarmos mecanismos para que a indústria nacional obtenha um grau excelente de competitividade no Brasil e no exterior e criarmos mecanismos que incentivem os produtores nacionais a investirem mais para atingirem um grau de qualidade inquestionável, a solucão volta ao PROTECIONISMO XENÓFOBO.

Só para lembrar que quem quebrou estes cartéis foi o governo Collor.
Proteção sem limites Rodrigo Coppola
Engenheiro
São Paulo
SP
22/03/2012 Essa briga vai longe... Não somos contra o produtor nacional, pelo contrário, nós queremos que ele exporte seus vinhos de tão bons que são... Mas será que este é o caminho??

Nós queremos variedade, amamos o pequeno produtor de bons vinhos. Nós não vamos beber coca-cola nem a cerveja da Ambev, ainda que ela seja mais barata...

Pobre consumidor brasileiro que mais uma vez é prejudicado pagando cada vez mais caro para ter qualidade... uma pena...
Zot Wine & Gastrobar Marcio Lobianco
Advogado
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Tenho acompanhado há tempos a dedicação do Marcio e da Andrea ao projeto. A quem não conhece a casa, posso dizer que todas as opções da carta - desde o aperitivo até o cafezinho (de jacu) - são deliciosas, sendo obrigatório voltar para provar aquilo que o tempo - ou o estômago - não permitiu.

Destaco, em especial, a tábua de queijos de cabra (bela entrada para um casal), a brandade de bacalhau, o cuscuz de farinha d´água e o bolinho prestigioso. Nessa ordem.

Quanto aos vinhos, a proposta do Márcio - aliás bastante original - é tirar "o terno e a gravata" da bebida. Desse modo, há variedades de vinho bastante acessíveis para harmonizar com o seu pedido.

Quem não foi ainda, não pode perder.
Proteção sem limites José Paulo Schiffini
Enófilo da velha guarda
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Respondendo: eu não ví produtor de vinho nacional algum, ontem na feira.... Eu fico triste, pois gosto de beber vinho de qualidade desde criancinha... agora o vinho já foi derramado.... o estrago já foi feito... eles mesmos deram um tiro no pé... e terão de caminhar muito mais para recuperarem estes 39 anos de desenvolvimento do mercado de vinho de qualidade no Brasil... Graças à internet a reação foi instantânea, contundente e será ainda mais por parte dos consumidores de vinho de qualidade....

Chega! Basta de artificialismos! Deixa o Brasil crescer, não atrapalhem nosso crescimento econômico, social, político e institucional. Chega de monitorar o mercado, deixa ele agir...

Schiffini
A Campanha Gaúcha Rogerio Dardeau
Advogado / Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Caro Oscar,

Acabo de chegar da Campanha Gaúcha, onde fui igualmente muitíssimo bem recebido. Pude viver o intenso verão e participar de momentos preciosos de colheita.

Visitei, pela ordem, Peruzzo, Seival Estate, Dunamis, Camponogara (Rota 293), Batalha, Cordilheira de Sant'Ana, Guatambu, Estância do Vinho e Dom Pedrito Vinhos Nobres - Vinhedos Rigo. Voltei muito bem impressionado, especialmente com a postura aberta dos produtores, com muito desejo de aprender (afinal a grande maioria vem de outros negócios) e o desejo de elaborar vinhos finos diferenciados.

Degustei vinhos notáveis. Estou concluindo um novo livro, o qual, novamente, destacará a vitivinicultura brasileira, contemporânea, sem deixar de falar sobre outras maravilhas do mundo do vinho.

Grande abraço,
Rogerio Dardeau
Vinhos, Uma Festa dos Sentidos

Dardeau, eu também voltei entusiasmado de lá! É uma região muito promissora.

Abraços, Oscar
Proteção sem limites Maurício Nascimento
Sommelier
Rio de Janeiro
RJ
22/03/2012 Bravo, Ciro Lilla. Estamos juntos nessa batalha.

O vinho é um complemento alimentar elaborado a partir da fermentação do mosto (sumo) de uvas vítis vinífera que transformam o açucar natural em álcool, gás carbônico e inúmeras outras substâncias.

E os empregos de milhares de profissionais para onde vão?
Proteção sem limites François Sportiello
Importador de vinho Nova Fazendinha
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 ACORDEM!

- O pedido de salvaguarda, baseado em dados incorretos e inverídicos, pode ser apenas uma cortina de fumaça. Mesmo assim, ABBA, ABRADE, ABRAS e a fundação PRO CHILE vão ter que gastar muito para enfrenta-lo. A questão sendo política.

- A inclusão, pelo governo, dos vinhos e espumantes na lista de exeção da TEC / Tarifa aduaneira externa comum a pedido da Ibravin, Uvibra e agregados, já esta decidida com aumento de 20 para 35% ( Espumantes ) e de 27% para 55% ( Tranquilos ) . Poderá entrar em vigor em 1/04. Esta medida não ira afetar o Chile , a Argentina e o Uruguai . Portanto o verdadeiro problema da viticultura brasileira continua e vai piorar. As importações destes países vão se intensificar.

O aumento de custo será de 20% para os vinhos de preços médios ( 3 a 12 USD) provenientes de países fora do Mercosul . O grande perdedor : o consumidor que não gosta de vinhos sul americanos, alguns dirão que já esta acostumado a pagar caro, vai pagar mais caro ainda, de + 10% a + 15% . O único verdadeiro beneficiário : o governo .

- Desde do dia 19, todos os vinhos, por ser objeto de inquérito no MDIC, estão sujeito a licenciamento DECEX antes do embarque, prazo de deferimento 60 dias .( recuamos 20 anos ) As cargas embarcadas deverão esperar o deferimento da licença para poder ser desembaraçadas. ( até 60 dias ), esperamos que não seja no sol. A ligação de um container refrigerada custa 150 R$ / dia .

- Esta se cogitando seriamente em impor dizeres em português nas etiquetas frontais dos vinhos importados, embora os mesmos dizeres já constam dos contra-rótulos.

É uma guerra suja, golpes baixos, sacanagens e mesquinharias, declarada há dois anos pelos produtores mais prósperos do Brasil, com a tentativa de impor o selo de controle de IPI.

Nada a justifica já que estas empresas vão muito bem, apresentando crescimento expressivo . . . O empenho do governo em atende-las é incompreensível. e surpreendente.

Há em curso, para todos ver, uma tentativa de cartelização da produção e da fixação de preços dos vinhos no Brasil. A mesma coisa esta acontecendo no setor de carne.

Um momento decisivo como diz Mr All.

At ,
François Sportiello
Proteção sem limites Julio Ribeiro
Publicitário
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 É com muita tristeza que continuo lendo inúmeros comentários baseados em interesses próprios.

Caros Marcus Ernani e Schiffini, também estive na SuperRio, e visitei o espaço "Brazil Wine Fair". Realmente não encontrei nenhuma vinícola brasileira. O que ví ali, foram alguns rótulos de vinhos de qualidade e algumas importadoras buscando mais espaço para suas importações.

Assim como as vinicolas brasileiras estavam ausentes, senti tambem a ausencia dos grandes rotulos vendidos no auto serviço. Não vi os Reservados. Não vi os Santas. Não vi os diversos rotulos de vinhos "???meio secos???", que são colocados aqui no Brasil por menos de três reais e vendidos por até vinte reais.

Não vi nada disto, como tambem não vejo os profissionais que se apregoam como "defensores do consumo nacional" levantarem uma bandeira contra os vinhos ruins e caros, sejam nacionais ou importados. (muitos destes, nem VINHO são).

Não vi e não verei, pois no fundo, cada um só quer olhar para seus interesses e benefícios próprios.

Mas compreendo, realmente tem que ser assim, afinal, como poderão visitar novamente a Europa, ou darem aquela esticadinha até a California? Imaginem se as importadoras deixarem de patrocinar viagens internacionais ... Afinal, para o sul do Brasil , qualquer um vai, e lá não há Duffry ...

Mas isto é muito triste ....
Toro, terra de força Aguinaldo Aldighieri
Enófilo
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 Gosto muito dos vinhos de Toro. Em 2009 comprei (e já bebí) em uma loja na Espanha, por 30 euros, um excelente Pintia, da bodega de mesmo nome, pertencente à Vega Sicilia; a Mistral o vende por US$147.50.

Numa próxima viagem a NY já anotei em minha agenda para comprar: o San Román, da MauroDos (bodegas Mauro), vendido aquí pela Gran Cru por R$175,00; e o Vetus, da bodega de mesmo nome, vendido aquí pela Peninsula por R$151,00. Todos esses são 100 % Tinta de Toro (tempranillo).

A Vinci, a Grand Cru, e a Peninsula vendem outros Toros por preços bem menores.

Aguinaldo
Nebbiolo Wine Store, Bar & Deli Glecciano Luz
Empresário
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 O PEDAÇO MAIS BADALADO DE IPANEMA ENFIM RECEBE UMA CASA DE VINHOS A SUA ALTURA. VALE CONFERIR.
Proteção sem limites Laura Kudjawski
Bióloga
São Paulo
SP
23/03/2012 Como apreciadora, há muitos anos acompanho de perto a questão do vinho no Brasil. É incrível o que o governo tem feito para dificultar as importações de vinho, pressionado pelos produtores gaúchos que pegaram carona no crescimento desse mercado nos últimos 20 anos mas só sabem reclamar, fazer vinho bom eles não sabem, é só zurrapa com algumas raras exceções para os espumantes.

Tratem de aprender a fazer vinho, espelhem-se no mercado norte-americano que com as portas abertas para o mundo também pegaram carona no crescimento de lá sem reclamar ou pedir proteção para o governo.
Proteção sem limites Jorge Bragança
Niterói
RJ
23/03/2012 A questão principal é a postura da "Indústria Nacional". Uma postura exdrúxula e com argumentos totalmente contraditórios, que penaliza o consumidor, o bebedor de vinhos.

Por quê não foi proposta a diminuição de tributos e a adoção de subsídios em relação ao vinho nacional? Essa é a pergunta crucial!

Agora, a partir de hoje, haja vista a posição mesquinha, mercenária e protecionista de nossos produtores nacionais, boicotarei o vinho nacional definitivamente e farei campanha maciça para que sintam o que é prejuízo de verdade.

Adeus, Valduga... Gostava muito de vc...
Proteção sem limites Leila Furlan
Sócia da Bacco's Importadora
São Paulo
SP
23/03/2012 Nossa empresa fará 44 anos no próximo mês de Julho e já passamos por muitas crises, taxações absurdas, greves, inflação de 30% ao mês, dólar a 4 reais! Milagrosamente sobrevivemos! Fomos uns dos poucos!

Cada ano que passa somos massacrados com mais impostos, políticas absurdas que são baseadas em tudo menos no bom senso! Um mercado informal, competição desleal do duty free e o ônus do custo Brasil! E agora mais esse absurdo!!

Acredito no ditado: Quem não tem competência não se estabelece! Quanto maior a concorrência, temos que fazer mais e melhor e com isso todos ganham, especialmente nossos clientes. A concorrência nos fez acordar mais cedo, trabalhar mais, inovar mais e fazer da nossa empresa um exemplo de seriedade e competência! Que os produtores nacionais reflitam em como melhorar e não em como acabar com o incentivo de buscar novos caminhos!
Proteção sem limites Carlos Machado
Winemaker Amador - Co-proprietário da Viña Avanti
Teófilo Otoni
MG
23/03/2012 Sugiro que assistam ao programa Conta Corrente Especial, que vai ao ar neste final de semana... O presidente da VALE será entrevistado, e vai falar da "guerra" que se instalou no mercado mundial, após a crise dos anos 2007/2008 ... Cada país está se protegendo e se defendendo como pode... mas nós brasileiros, ou pelo menos alguns, ainda insistem em defender o produto importado, mesmo que seja em detrimento ao nosso... É UM ABSURDO !!!
Proteção sem limites Paul Medder
Consultor de vinhos (Wine Intelligence)
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 Caros amigos

É muito importante que todas os amantes do vinho no Brasil continuam lutando juntos contra essas "salvaguardas".

Como Jorge Lucki escreveu ontem no Valor, "fico na esperança de virem pressões de fora". Em sintonia com Jorge, eu escrevi uma reportagem em inglês, que já apareceu na media: clique aqui.

Espero que esse apoio possaa influenciar nossa causa.

Abraço
Paul Medder
Em defesa do vinho brasileiro André Porto
Sommelier
Curitiba
PR
23/03/2012 Seja lá qual for o desfecho do tema, fico entusiasmado porque a discussão e a polêmica estão atingindo e envolvendo vários setores da opinião pública, e forçando uma nova adequação nesta questão tão delicada.

Em outras ocasiões a discussão ficava restrita ao âmbito das batalhas jurídicas e dos lobistas, agora a questão ganha outras proporções.
A defesa das salvaguardas Alexandre Henrique
Advogado e Associado da ABS/RJ
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 A proposta de boicote ou melhor, as propostas de boicote são nada mais do que a salvaguarda dos consumidores, verdadeiro exercício de auto defesa e cidadania. O consumidor só é ouvido quando faz doer o bolso dos fornecedores e ao que tudo indica os boicotes já surtem efeitos.

A Salton recuou e já desaprova o pedido de salvaguardas. Ademais, o fato desta nota de esclarecimento iniciar o texto com a afirmação de que "nenhuma vinicola isolada pode ser responsabilizada pela medida" mostra que seus autores se sentem acuados com a péssima repercussão do tema na mídia.

Não nos resta alternativa! Boicote ao vinho nacional sim!

Apenas desta forma nos consumidores - destinatários finais dos vinhos nacionais e importados - seremos ouvidos.

Att
A defesa das salvaguardas José Augusto Saraiva
Vitis Vinífera
Rio de Janeiro
RJ
23/03/2012 Os desdobrameentos desse caso me fazem crer que falta boa fé na atitude dos que propuseram as medidas de salvaguarda.

Vejam dois exemplos:

  • a Nota de Esclarecimento à Imprensa diz: "É importante ressaltar que não pedimos e não queremos o aumento de impostos para os vinhos importados!" em negrito e com exclamação. Que indignados. Mas, se pediram salvaguardas, tem por obrigação saber que (a) é o Ministro de Estado quem as determina, eles não podem escolher que salvaguardas "preferem", e (b) que só há dois tipos de salvaguardas, de acordo com o Dec 1488 de 11/05/1995: alíquota ad valorem , aplicação de uma alíquota específica, ou, da combinação de ambas (quer dizer AUMENTO DE IMPOSTOS); e restrições quantitativas (quer dizer COTAS). É uma conversa mais ou menos assim: a gente pede salvaguardas, se o Ministro aumentar impostos foi ele quem quis, não temos nada com isso.

  • também não consigo saber quando estão falando a verdade. A verdade está no pedido, onde discorrem sobre a penúria das empresas tomadas por exemplo (aquelas mesmas que na Nota preferem não nomear) ou falam a verdade quando dão entrevistas ao Valor Economico em dezembro de 2011 celebrando aumentos de receita de 20% no ano e prevendo multiplicar por 5 vezes as vendas até 2016? Como dizia Noel, onde está a honestidade??
  • A defesa das salvaguardas François Sportiello
    Nova Fazendinha
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 E a iminente introdução, a pedido das entidades signatárias desta resposta, dos vinhos e espumantes na lista de excepção da Tarifa aduaneira do Mercosul, TEC, com aumento anunciado de + 15% para os Espumantes e de + 27% para os vinhos tranquilos ?
    A defesa das salvaguardas Paulo Gomes
    Historiador e enófilo
    Visconde de Mauá
    RJ
    23/03/2012 O que fizemos até aqui ainda não foi nada. Somente a discussão está começando e muitas explicações vão ser necessárias.

    Tomando como base todos aqueles que escreveram aqui e, em diversos outros Blogger, é fácil de concluir que a maioria dos profissionais, jornalistas especializados e enófilos são contra ao projeto de Salvaguarda. Quando se fala em boicote, acho que ele já começou; é pagar prá ver.

    De qualquer forma, acho que o projeto não vai passar.
    A defesa das salvaguardas Rodrigo Castello Branco
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 Esses representantes do setor vitivinícola brasileiro deveriam representar era óleo de peroba, que cara de pau.

    Aqui em casa, o boicote já começou: marcamos para hoje um bate papo degustativo e já comuniquei aos convidados que produto nacional não entra.

    Deixem quem está trabalhando em paz e procurem fazer o mesmo: no mínimo, modernizem-se.
    A defesa das salvaguardas Roberto Cheferrino
    Enófilo e Publicitário
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 ...subescrevo as palavras de Alexandre Henrique, pois não me parece haver consideração alguma em relação a "representatividade" ao enoconsumidor, mesmo, quando somos as "razões" mais preponderantes para eles continuarem a produzir Vinhos!?...

    Vale a sugestão absurda, porém coerente, de que só deva existir Vinhos para se Exportar,ou seja nós beberíamos os vinhos deles aqui e eles os nossos lá! Imaginem sabermos que só existem Vinhos do Brasil no exterior...! As "Balanças Comerciais" entre as Nações e o "Comercio Exportador" iriam considerar um ótimo negócio! Meu caro Oscar e muitos, iriam beber bons Vinhos do Brasil, lá fora!
    A defesa das salvaguardas Oliver Cardoso Smith
    Vendas de vinhos e enófilo
    São Paulo
    SP
    23/03/2012 DITADO CHINES DE 5500 ANOS: NAO HA MAIOR FORCA DO QUE A IGNORANCIA!

    O GOVERNO É PESSIMO GESTOR, PARA QUE DAR MAIS DINHEIRO A ELE? ISTO É FINANCIAR MAIS AINDA SUA 'COMPETENTE SEDE' CONTRA NÓS MESMOS, ISTO VOLTA EM FORMA DE MAIS IMPOSTOS E BUROCRACIA!

    OBVIAMENTE, NAO TEM NADA A VER COM A CULTURA DO VINHO.
    A defesa das salvaguardas Carlos Reis
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 Caros,

    O que mais chama a atenção na manifestação da IBRAVIN e cia é o final, com uma tentatva rasteira de desqualificar, acusando até mesmo de má-fé, aqueles, e eu me incluo nesse grupo, que não aceitam, rejeitam a iniciativa de salvaguardas propostas pelo setor vinícola nacional. Ou seja, quem não está a favor da iniciativa é desinformado, está de má-fé etc... Arrogância, censura, patrulhamento! Verdadeira tentativa de amordaçar os consumidores!

    Tenho instrução suficiente, li a fundamentação para instauração do procedimento administrativo que V. Sas. deram ensejo! Não aceito que o Estado nem os produtores de vinhos nacionais tentem impor um padrão de gosto, no caso o de vinhos nacionais! Sempre bebi vinhos nacionais, acho os espumantes incríveis, mas agora, dentro da minha liberdade, rejeito os vinhos nacionais, melhor, os dos que apoíam essa iniciativa da IBRAVIN e cia!

    Quem são os associados da IBRAVIN e cia? Quais dos seus associados não concordaram com a iniciativa de salvaguardas? Assumam suas posições, não fiquem se escondendo atrás da IBRAVIN e cia! Mostrem suas caras! Será que não enxergam o desserviço que a IBRAVIN e cia fizeram e estão fazendo à cultura do vinho?

    Retirem a proposta de salvaguardas! Busquem a reconciliação com os consumidores! Criem uma agenda positiva, buscando menor carga tributária no setor, diminuição de burocracia etc!

    Saudações,
    Carlos Reis - um mero consumidor
    A defesa das salvaguardas Bruno Kato
    Enofilo
    Brasília
    DF
    23/03/2012 Concordo com a proposta de boicote, pois é nosso único e legítimo meio de impedir a manobra da indústria nacional. A experiência pretérita em nossa economia demonstrou, em outros casos, que a restrição de mercado só nivela por baixo a qualidade de produtos.

    É um tiro no próprio pé. O importante é multiplicar a idéia, que começa a ter adesão inclusive de alguns restaurantes. Quero ver o que vão fazer com tanto vinho sobrando...
    A defesa das salvaguardas Marcelo Ribeiro de Brito
    Assessor jurídico
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 1- Pueril fundamentar o pedido de salvaguarda pelo incentivo ao consumo - o consumidor procura o binômio qualidade x preço. Ninguém vai consumir mais vinho tornando os importados mais caros. Pelo contrário.

    2- Má-fé dos que propõem a medida: dizer que circula nas redes sociais o desejo de se restringir rótulos brasileiros no mercado - o que se quer é a livre concorrência, neste caso, o direito de consumir o produto desejado pelo preço justo.

    3- Resumo: incompetentes e ineficientes. Não basta falar em desoneração, os lucros são altíssimos e é preciso cobrar do governo, isto sim, investimentos em infraestrutura (custo Brasil).

    REVOLTANTE - TIRO NO PÉ!
    A defesa das salvaguardas Marcelo Carneiro
    Advogado e escritor
    Resende
    RJ
    23/03/2012 O boicote afeta produtores que nenhuma ligação têm com o pedido de salvaguarda e, pior, parte deles não tem lastro para aguentar um boicote. A briga passa, a idéia fica e a antipatia e preconceitos que hoje ainda são difíceis de quebrar, vão se consolidar.

    Não creio que "quebrar" os pequenos e os produtores emergentes possa ser de alguma valia. Como tenho dito, estabelecer salvaguarda aos estrangeiros e fazer boicote aos nacionais, são duas faces da mesma moeda... moeda podre, diga-se.
    A defesa das salvaguardas Jandir Passos
    Enófilo
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 As entidades representativas dos produtores nacionais jamais esperavam que a reação contrária aos presupostos de savaguarda fossem tão forte assim. Afinal, ainda temos uma calma bovina, e a democracia representativa ainda está engatinhando no Brasil.

    Seja como for, o problema central continua a ser: real super valorizado, carga tributária elevadissima, burocracia, logística, etc. Produzir no Brasil, seja do alfinete ao foguete, é muito caro, e fica mais caro ainda com uma moeda super valorizada. Mas apesar dos pesares, o Brasil conseguiu desenvolver-se em muitos setores. Vejam, por ex., a EMBRAER. Quem, na década de 60, poderia imaginar que um dia o Brasil seria capaz de produzir aviões em condições de competitividade?? Imaginem se, em nome de salvaguarda da indústria aeronáutica brasileira, fossem impostas cotas de importação de aviões?

    Por outro lado, a indústria automobilística brasileira até a década de 90 só produzia carroças. Até então, carro importado era somente para os muito ricos. Bastou tem competição que a indústria automobilística nacional melhorou, ainda que aquem, a qualidade os automovéis aqui produzidos.

    Repito: o custo Brasil já é elevado, e ainda mais com um real super valorizado qualquer produto brasilero fica menos competitivo ainda do que já é! O problema é portanto macroestrutural. Solução? Continuem então brigando por menos impostos em cima do vinho nacional! Maior desoneração em cima do vinho nacional! Isso sim!! Por menos burocracia! Por menos dirigismo estatal!

    No Brasil, o governo mais atrapalha do que ajuda!! Ainda somos uma das economias mais fechadas e pouco competitivas do Mundo! Salvaguarda, seja na forma de cotas, aumento tributário ou qualquer outro artifício não vai resolver o problema. além do mais, o cidadão-contribuinte tem o direito de escolher onde vai aplicar o seu dinheiro. Já pagamos praticamente 45% do PIB em impostos, e esse dinheiro todo recolhido não se reverteu em benefício da sociedade!!

    Gosto e acredito no vinho nacional mas não é dessa forma, fechando o mercado, que iremos evoluir em termos de mercado consumidor. Lembro que na década de 80, quando o mercado de informática estava sob "salvaguarda", também se dizia que era por tempo determinado, tempo necessário para a indústria nacional de informática (hardware) alcançasse uma situação que permitiria competir com os computadores importados. Pois bem, terminado o tal período de salvaguarda, o que houve? Quem se lembra?
    A defesa das salvaguardas Márcio Vieira Silva
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    23/03/2012 Seria melhor se não tivessem se pronunciado.

    Fatos obscuros, no mínimo estranhos:

  • A Salton e a Cave Geise manifestaram-se contrárias a salvaguarda e nenhuma vinícola assume ter sido a favor. Acaba sendo muito fácil que uma entidade fique a frente desta médida temerosa e antipática e nenhuma associação possa ser feita a alguma vinícola. Alem de tudo pode ser preocupante que vinícolas e associações não estejam se entendendo.

  • O boicote justifica as salvaguardas??!! Como assim??!! Parece que eles estão falando com crianças. "-Filhinho: você está de castigo por ser assim tão pirracento exatamente como está fazendo agora.”

    Não estou tomando vinho nacional; se a salvaguarda passar nao tomarei mais e mesmo que não passe vai demorar para que eu engula esta.
  • A defesa das salvaguardas Victor Bastos
    Enófilo
    São Paulo
    SP
    23/03/2012 Não entendi a colocação: "As ameaças e pressões comerciais, como a proposta de boicote aos vinhos verde-amarelos, que têm circulado nas redes sociais e que pretendem restringir a presença dos rótulos brasileiros no mercado, só aumentam, comprovam e justificam ainda mais a necessidade de implantação das medidas de Salvaguarda." O que uma coisa tem a ver com a outra?

    Isto parece mais uma ameaça. Os boicotes não teriam se propagado pela Internet se não fosse a solicitação desta salvaguarda sem propósito. Boicote já!!
    A defesa das salvaguardas Gianluca Zucco
    Roma
    Itália
    23/03/2012 Seguem algumas curtas observações a partir do que acabo de ler.

    1) Afirmar que “nenhuma vinícola brasileira, de forma isolada, deve ser responsabilizada...” nada mais è que uma tentativa hipócrita, de se esconder na multidão anônima.

    2) Se a preocupação se refere a participação no market share dos vinhos finos no Brasil, porque a indústria vitivinicola brasileira se vangloria tanto do seu crescimento nas exportações? Não seria então mais interessante se preocupar antes com o mercado interno, deixando de gastar dinheiro com “winemakers” globetrotters milionários?

    3) Qual è o problema das curvas entre vinho nacional e importado terem se invertido? Se o consumo médio per capita de vinho fino aumentar no Brasil, vai ter negócios para todo mundo!

    4) Na minha opinião, as cotas são eventualmente justificadas apenas perante casos de concorrência desleal, isto è produtos de qualidade inaceitável e baratos. Porque então não focar esse nicho no lugar de partir “para a ignorância” impondo restrições e taxas genéricas, prejudicando dessa forma o consumidor, que finalmente está começando a se aproximar com interesse e curiosidade a esse mundo que è fascinante justamente pelo leque infinito de variedades de produtos que tem a oferecer?

    5) Porque a menção populista as famílias que trabalham no campo? E as famílias dos trabalhadores de lojas, restaurantes, enotecas, wine bars, importadoras, distribuidoras? Esses são segunda divisão?? Se os impostos abaixarem, sem as “salvaguardas”, com o consumo aumentando, terá emprego e renda tanto para uns assim como para os outros!

    6) Mencionar as restrições que vários produtos brasileiros encontram mundo afora?? Por favor, negócios sérios não são feitos de “bateu, levou”. No lugar de ter como referencia exemplos negativos, seria bem mais proveitoso pensar no que tem que fazer para gastar menos (maquinários de ficção cientifica, winemakers a peso de ouro, campanhas publicitárias idem, esquecendo que tudo isso nunca vai ser suficiente para se fazer vinho bom!), produzindo melhor com custos mais baixo e lucros adequados!

    Não estou morando mais no Brasil, amo o vinho, adoro o Brasil, tenho paixão pelos produtos da minha terra, a Italia. “Mà-fè” e “maquiavelicamente” não se aplicam, apenas tenho desejo e, porque não, vontade que esse mundo fascinante continue se difundindo pelo Brasil.
    Em defesa do vinho brasileiro Marcelo Ribeiro de Brito
    Assessor jurídico
    Rio de Janeiro
    RJ
    23/03/2012 Engraçado. Se os preços dos vinhos importados são caros no Brasil, com margens pornográficas (sic), e realmente são, porque salvaguarda?

    Compro alguns rótulos brasileiros, outros não. Compro alguns rótulos importados, outros, nem pensar. Cada um deve comprar o que lhe convier, pelo justo preço. Só isso.

    Prezado Miguel, pelo seu comentário sobre a explanação do Lalas, fica claro que a intenção é tão somente tornar os vinhos importados bem caros para que o consumidor médio não tenha outra opção senão os vinhos nacionais. Desde já digo que sempre encomendo vinhos Miolo diretamente na empresa (o que pode por vc ser verificado), mas a proposta me revolta por querer me impor um preço ainda mais alto do que o absurdo que já pago por um vinho importado que gosto.

    A minha sorte é que sempre vou ao exterior e poderei trazer vinhos dentro da cota permitida. Ou será que também irão propor o fim da cota para bebidas. Fique em paz.
    EnoEventos - Oscar Daudt - (21)9636-8643 - [email protected]